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Passagem

 

Enquanto ouço
um andar à chuva,
sinto o sol
e vejo...

No fundo
vejo que é imenso quando sinto.
Se ignorasse o ser,
seria apenas sucintamente insensível.

Esqueço.

A viagem por entre as muralhas
d'uma cidade que seria apenas o regresso cíclico,
atraiçoa
e no fundo eu estou fechado.
Café.
Espaço, que seria belo,
mas que me desfoca por ter a sombra
de barulhos incómodos
e banais
que me fixam, e limitam na viagem.

Paro.

Reparo por fim que o mundo é rectangular.
Formas e formas e formas e formas.

Formas.

Formo-me...
mas desconstruo a construção.
essa que fascina, fulmina.
Renasço,
brilho;
Farto-me. Repetitivo.

Repito e repito e repito.

Paro.

Era bom, foi bom. É bom.

Viagem e muralha e cidade e tráfego.

Vida.
 

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quinta-feira, fevereiro 10, 2011 - 07:49

Poesia :

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DiogoDias

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