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Olhem bem,
Para estas minhas mãos
Corrompidas,
Omissas,
Velhacas,
Desleixadas,
Fermento de supostos
E de pressupostos:
Alimentício
De egos exacerbados,
Como tenazes, que mutilam,
No princípio de tudo,
E só colorem o Mundo,
Para sua própria coloração.
Vê-de, vê-de,
Quão monstruosas, são,
Estas minhas mãos, meus senhores!
Subvertidas,
Perversas,
Covil de ladrões,
Prostitutas,
Proxenetas,
Falsas,
Descabidas,
Que de amor,
Ou de palavras sentidas,
Só se forem,
Para sua própria
Contemplação.
Vê-de, vê-de,
Meus senhores,
Estas mãos,
Quão monstruosas,
Elas são!
Ofensivas,
Degeneradas,
Cruéis,
Rubras de dor,
Incestuosas,
Falhas,
Mortificantes,
Revestindo-se
De seringas,
Que, de verdade,
Só têm estas mesmas mãos,
E toda a sua precaridade.
Vê-de, vê-de,
O quão estas mãos,
Meus senhores,
São tão monstruosas!
Jorge Humberto
(27/08/2003)
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Comentários
Olá meu querido amigo, Bobby,
sinto-me feliz de poder vir um pouquinho aqui ao Waf e encontrar-te, meu bom amigo.
Concordo com tudo o que dizes, estas são coisas efémeras e que logo trazem a desgraça a nossas vidas e de nossos familiares e osamigos que tanto presto.
Satisfeito devo dizer-te por estares a cuidar de teu futuro, tirando cursinhos para te especializares, continua com toda essa tua garra.
Quanro a mim estou muito mal, infelizmemte, e até tenho evitado contar aos amigos, para não os preocupar.
O que se passa é que estou num tal estado de ansiedade que chego a ficar desidratado. Tenho desmaios frequentes, embora minha pressão esteja normal. Ou seja isto é tudo nervos levados aos extremos, pois a parte esquerda de meu corpo está como que paralizada (dormente com formigueiro) e o restante tenho dores enormes nas minhas costas e pescoço e os meus músculos não respondem, estão rigidos e sempre a ponto de ter caimbras. Como já tomei tudo o que havia para tomar, meu organismo entretanto começou a rejeitar a medicação: tem vezes que o efeito dura de uma a duas semanas e depois volta tudo ao mesmo, já para não falar que muita da medicação, logo à primeira pastilha já não atuar. E assim estou nisto. E depois ainda fico pior pois quero fazer as coisas e não consigo, e tenho meu pai muito doente. Há um único medicamento que me faria efeito e me deixaria calmo e sem dores nem corpo dormente, que é o Buprex, que é à base de morfina. Acontece que os médicos preferem ver-me a sofrer, sabendo desde logo que não há outra hipótse, para o meu mal, do que me receitar esse medicamento, tudo por caisa de meu passado com drogas. Mas eu não quero andar drogado (para isso saio para a rua e arranjo para consumir), o que eu quero é que me receitem a única pastilha que me faria bem e me daria condições decentes de vida, que não tenho querido Bobby. Mas quem traz estigmas consigo sujeita-se a sofrer até morrer... sim, sei que é uma palavra dura, mas estas tremendas ânsias, o lado esquerdo do corpo (de cima abaixo, ou seja do lado do coração) todo dormente, mais as palpitações, o que me vai acontecer um dia é eu ter um ataque e estou certo disso, e os médicos nada fazem, sabendo que só me resta esta solução: tomar o Buprex. Porque até já tomei medicação à base de ópio, muito forte e não me fazer efeito algum.
Desculpa meu desabafo, pois, tirando meus pais e alguns amigos (como tu) mais ninguém me ouve. Eles são médicos, têm responsabilidades e juraram não deixar nenhum paciente sofrer. E sabem perfeitamente que só tenho (quer eu, quer eles) um caminho, para viver condignamente e poder cuidar de meu pai e da mãe, que precisa de minha ajuda para limpara a casa: o que vou fazendo a arrastar-me e com muito sofrimento.
Obrigado amigo Bobby, também tenho saudades de ti, de poder estar aqui, criando, comentando e lendo meus poetas amigos. Mas não consigo estar mais que 5 minutos no PC. Desculpa-me. Todos os dias penso em ti e em todas as centenas/milhares de amigos que tenho por esta net afora. Muita felicidade de mim para ti. Saúde, acima de tudo e sempre muito sicesso em todas as tuas empreitadas. Fez-me muito bem falar contigo.
Abraço bem forte deste teu amigo de sempre.
Jorge Humberto
Meu Amigo Jorge Humberto,
Meu Amigo Jorge Humberto, quantas saudades de você!
Retorno aqui e encontro esse magistral poema, cheio de verdade e sinceridade,
Gritando ao mundo que as vezes somos escravos de nossa vontade, por isso as mãos são tão monstruosas... Seria uma dádiva conciliar o que queremos fazer com o que devemos fazer, sem nos prejudicar ou nos sentir infelizes, sei que me entende.
As mãos monstruosas que caem e que erram, são as mesmas que aprendem e seguem, podendo ensinar aos demais que caminhos tortuosos não trazem felicidade, ainda que por poucos momentos nos tragam prazer, injetando em nossas veias uma fslsa realidade, que destrói ao invés de construir!
Gostei deveras de ler-te, meu caro amigo!
Sumi um pouco porque tenho me dedicado aos estudos: cursinho de pré-vestibular, inicio agora segunda-feira. Em agosto entro na aula de violão e pretendo ainda algumas coisas...
Grande Abraço, bom te reencontrar!
Bobby Souza