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Poema Crônico
Olha,
Olha lá.
Parece uma donzela de branco
Vestindo aquelas roupas esvoaçantes
Do alto da sacada.
O olhar de varanda,
A ventania de dama de companhia,
A noite por tutora,
Olha.
Ela agora vai fazer um aceno,
Que é aquilo, é um adeus?
Ela vai das baratas às flores,
Perscrutando cenas com um pestanejar,
Olha, ela está no cume do monte,
Beirada pela sacada,
Sua tendência é cair.
Se ao menos estivesse escalando…
Mas ela tem boa parte do que quer;
Se sente no topo.
Sem amor, vá lá,
Mas no cume do vazio.
Será mesmo que o que nos falta é amor?
Foi mesmo Zeus quem nos partiu no meio?
Olha, eu acho que o que partiu
Foi a saudade de não sentir falta.
Agora sentimos
E deixamos…
Enquanto a virgindade parece um sonho distante
Destroçado pelos amores que já não vêm;
E se vêm,
Se vão
Num vão tão infinito…
Uma ranhura, fissura
fixa no firmamento,
No caiar do pleno dia.
Encarar tais olhos
É ter coragem de enfrentar a própria fome;
Que sexo, que aventura…
Que amor o quê?
Ela agora vai voltar pra dentro,
Sentar-se e escrever um poema.
Olha não,
Disfarça que envergonha…
Chega a ser triste contemplar
A alma do poeta
Se fechando pra balanço
Sem amar.
yuri emanuel
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Comentários
O mistério que é a vida...
Gostei muito de ler este poema.
Parabéns pela obra poética e obrigado pela partilha.
O facto do objecto poético, aquela que "Parece uma donzela de branco", ter inerentes algumas características como a pureza misturada com altivez e ser misteriosa prende-nos até ao último verso deste ímpar poema.
Abraço.
Em primeiro lugar, muitíssimo
Em primeiro lugar, muitíssimo obrigado pelos elogio e comentário,
me é muito cara essa atenção. ^^
Depois, voce captou perfeitamente a imagem do poema..
a alma da poesia, delicada, fugaz é demasiado fragil e misteriosa..
Os poetas são os cientistas da alma,
nossa função é canalizá-la.
paz e bem
=)