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Poema marginal
Esse poema já nasceu coitado...
Filho de mãe messalina e pai ignorado,
veio ao mundo imundo, impuro,
impregnado de culpa e pecado!
Trazia em si a fadiga
de um fardo pesado, profano.
Cheirava encrenca, balbúrdia,
vivia em meio à orgia
do submundo urbano.
Abusado, o poema cresceu,
adolescendo ainda mais leviano.
Disseminou verbetes impróprios,
andou por recantos inóspitos,
entregou-se ao apelo mundano.
Já adulto, adúltero,
desregrado, devassado, insano,
ao patíbulo foi condenado
morreu o poema, enforcado
por um algoz puritano.
Malu Sant’Anna
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Poesia :
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Comentários
Re: Poema marginal
malusantanna,
O poema impressiona pela verdade da metáfora.
Parabéns
Re: Poema marginal
malusantnna!
Poema marginal
Lindo Poema, mas não sabia que um algoz puritano, tinha poderes para matar um Poema escrito por você, sendo crime, tens que registrar as autoridades!
Com todo respeito e carinho,
MarneDulinski