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Ponham-se palavras
Ponham-se palavras no papel,
Aquelas que nos mordem,
Umas que nos moldem e nos definam.
Ponham-se palavras que nos minam
Como doenças terminais.
Ponham-se ácidos e azias,
E deixem-se de fora as palavras vazias
Que tanto e tanto se proferem
Sobre coisas banais.
Ponham-se as palavras que quiserem
Desde que se as sinta…
Ponham-se palavras que nos apertem como uma cinta
E nos estrangulem a partir da cintura!
Ponham-se palavras de ternura
Mas só se houver batimento…
Quantas vezes se põem palavras sem sentimento
E sem preocupação?
Ponha-se a palavra “não”,
Assim, sem receios e com decisão!
Ponham-se vontades ou desinteresses
E se desejos houverem por vezes,
Que se os ponham em letras garrafais,
Porque palavras tais são de dar a conhecer.
Ponham-se palavras a doer
Porque essas também contam, ora bem…
Ponham-se palavras sobre alguém
Mas nunca pelas suas costas.
Ponham-se as palavras em forma de perguntas
E que se dêem as respostas,
Porque as dúvidas são para tirar.
Ponham-se as palavras que se gostar
E as que menos se aprecie…
Ponham-se todas de seguida.
Ponham-se umas como casa de partida
E que comece a correria!
Se as palavras se mantiverem ao longo de todo o dia,
Que no próximo haja mais.
Ponham-se as palavras no papel
De forma bem cruel
Como em revistas e jornais.
Ponham-se palavras em todas as bocas,
Das mais lúcidas ás mais loucas,
Ponham-se ideias a ouvir.
Ponham-se letras a fugir e outras a chegar.
Ponham-se palavras no papel,
Da mera conversa de cordel
Ao que não se deva falar…
Mas ponham-se palavras.
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Comentários
"Ponham-se as palavras que
"Ponham-se as palavras que quiserem
Desde que se as sinta…"
Mas ponham-se palavras....
Que o silêncio não seja o grito da nossa voz interior...
:-)