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Que seja de repente

Gostava daquilo que nunca saía,
Daquilo que ficava entre dentes.
No entanto, gostava das coisas coerentes.
Pensava em demasia,
Coisas e mais coisas e mais coisas...
E sobre o que ninguém lhe dava.
Como nunca ninguém lhe dava o que queria
Ele arrancava.

Fez de almas um fio invisível que trazia ao pescoço.
Nomes, como contas.
O fio era a linha da sua vida,
Justo, sem que o sufocasse,
Como se esperasse acumular mais almas por trazer.
E trazia.
Não qualquer uma. Não de graça,
Porque sabia que tudo mais tarde se paga,
E cada alma que retira
É pendulo que o desgasta.

Foi roubando, dando. Sendo o que é.
Foi tirando, tudo oferecendo, o mais que pôde, porque se tudo leva
É porque tudo dá. E só assim se entusiasma.

É um entusiasta. Um personagem indolente. Vive como sente.

Diz que pode morrer a qualquer momento
Porque o que já viveu lhe é vida cheia...
E o fio que a sua garganta serpenteia
É-lhe o nó da forca que lhe vai dando folga antes de um último aperto.

Que seja de repente.

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sábado, janeiro 19, 2013 - 14:24
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Rui Costa

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