CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Por que cantamos? (Mario Benedetti)
Se cada hora vem com sua morte
se o tempo é um covil de ladrões
os ares já não são tão bons ares
e a vida é nada mais que um alvo móvel
Você perguntará por que cantamos
se nossos bravos ficam sem abraço
a pátria está morrendo de tristeza
e o coração do homem se fez cacos
antes mesmo de explodir a vergonha
Você perguntará por que cantamos
se estamos longe como um horizonte
se lá ficaram árvores e céu
se cada noite é sempre alguma ausência
e cada despertar um desencontro
Você perguntará por que cantamos
cantamos porque o rio está soando
e quando soa o rio / soa o rio
cantamos porque o cruel não tem nome
embora tenha nome seu destino
Mario Benedetti (1920-2009), In: Retratos y Canciones (Poema traduzido).
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 2745 leituras
Add comment
other contents of AjAraujo
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
![]() |
Videos/Música | Psalm! (Jan Garbarek) | 0 | 3.092 | 09/02/2011 - 04:11 | inglês |
![]() |
Videos/Música | Litany, from Officium Novum Album (2010) (Jan Garbarek & The Hilliard Ensemble) | 0 | 2.132 | 09/02/2011 - 03:55 | inglês |
![]() |
Videos/Música | Parce mihi Domine, from Cristóbal de Morales - 1500-1553 (Jan Garbarek & The Hilliard Ensemble) | 0 | 8.714 | 09/02/2011 - 03:49 | inglês |
Poesia/Amor | Aceitar-te | 0 | 1.324 | 09/02/2011 - 00:34 | Português | |
Poesia/Arquivo de textos | Álcool, carro, velocidade e o poder – uma combinação funesta! | 0 | 961 | 09/01/2011 - 23:56 | Português | |
Poesia/Soneto | A viagem | 0 | 1.968 | 09/01/2011 - 21:37 | Português | |
Poesia/Amor | A razão de ser da rosa | 0 | 533 | 09/01/2011 - 21:33 | Português | |
Poesia/Amor | À menina dos meus olhos | 0 | 617 | 09/01/2011 - 21:30 | Português | |
Poesia/Amor | A lua ressurge | 0 | 470 | 09/01/2011 - 21:26 | Português | |
Poesia/Amor | A dama e o cavaleiro | 0 | 1.730 | 09/01/2011 - 21:21 | Português | |
Poesia/Amor | Ausência (Jorge Luis Borges) | 0 | 869 | 08/31/2011 - 16:25 | Português | |
Poesia/Fantasia | Nostalgia do presente (Jorge Luis Borges) | 0 | 1.367 | 08/31/2011 - 16:22 | Português | |
Poesia/Aforismo | Um sonho (Jorge Luis Borges) | 0 | 501 | 08/31/2011 - 16:20 | Português | |
Poesia/Aforismo | Inferno, V, 129 (Jorge Luis Borges) | 0 | 740 | 08/31/2011 - 16:18 | Português | |
Poesia/Dedicado | Os Justos (Jorge Luis Borges) | 0 | 865 | 08/31/2011 - 16:16 | Português | |
Poesia/Dedicado | Longe (Cecília Meireles) | 0 | 1.043 | 08/30/2011 - 21:54 | Português | |
Poesia/Intervenção | Desenho (Cecília Meireles) | 0 | 570 | 08/30/2011 - 21:50 | Português | |
Poesia/Intervenção | Cantiguinha (Cecília Meireles) | 0 | 829 | 08/30/2011 - 21:42 | Português | |
Poesia/Intervenção | Ó peso do coração!... (Cecília Meireles) | 0 | 653 | 08/30/2011 - 21:40 | Português | |
Poesia/Amor | Imagem (Cecília Meireles) | 0 | 363 | 08/30/2011 - 21:29 | Português | |
Poesia/Arquivo de textos | Biografia: Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004), poetisa portuguesa | 0 | 3.173 | 08/30/2011 - 11:41 | Português | |
Poesia/Aforismo | Porque (Sophia de Mello Breyner) | 0 | 474 | 08/30/2011 - 11:33 | Português | |
Poesia/Meditação | Liberdade (Sophia de Mello Breyner) | 0 | 763 | 08/30/2011 - 11:25 | Português | |
Poesia/Intervenção | Poesia (Sophia de Mello Breyner) | 0 | 480 | 08/30/2011 - 11:22 | Português | |
Poesia/Dedicado | Esta Gente (Sophia de Mello Breyner) | 0 | 923 | 08/30/2011 - 11:19 | Português |
Comentários
Por que cantamos?
Benedetti tem um estilo muito singular de dizer as coisas, de nos levar a profundas reflexões, este poema é de uma beleza transcendental.