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Porque...
Porque damos sem que o mereçam
Porque pensamos sem que eles pensem
Porque sentimos mesmo quando eles não sentem
Porque gostamos mesmo quando detestamos…
Porque nos entregamos mesmo quando não devíamos
Porque aceitamos sempre a proposta
De querermos partilhar e ver um só coração.
Porque desejamos ser só a parede da frente
De um olhar que não se canse de nos ver…
Porque queremos sempre mais do que a realidade
Na ilusão de uma expectativa falsa
Porque pensamos que é o sonho que nos ergue
E sonhamos ainda mais alto por onde o sonho nos leva
Somente para continuarmos em frente…
Porque por momentos nos sentimos bem, ingénuas
Da verdade que nos quer destruir
Porque acreditamos que o conhecimento que dói
Não merece fazer parte de nós.
Porque inevitavelmente sentimos
Mesmo que tentemos fechar os nossos corações
De portas que não queremos que se abram
De janelas que não desejamos que se partam
Com a ferocidade das nossas emoções.
E porque tudo o que fazemos tem um sentido lógico
Dentro do mapa que nos domina
Não esqueçamos em vão que
Somos o sonho que luta por uma vida
Que pensamos ter sempre ao nosso alcance…
Dói quando quem está ao nosso lado nao nos consegue compreender naqueles instantes... e dói mais por saber que compreende, porque é humano, mas ser-se demasiado orgulhoso para admitir.
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Poesia :
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Comentários
Re: Porque...
Mesmo que queiramos é sempre inevitável deixar de acreditar que um dia tudo mude... Sonhamos. Faz parte mas dói quando a certeza se espalha e ninguém a admite!
Muito bom!!!
Carla
Re: Porque...
LINDAS INTERROGAÇÕES, QUE SÓ MESMO VOCÊ PODE-SE RESPONDER, ATRAVÉS DE UMA BELA MEDITAÇÃO, CONVERSANDO COM O SEU SER INTERIOR, OU MESMO COM SEUS GUIAS ESPIRITUAIS...
Meus parabéns,
Marne
Re: Porque...
Porque inevitavelmente sentimos
Mesmo que tentemos fechar os nossos corações...
Muito bom, gostei de ler!
:-)
Re: Porque...
Carla,
Eis os "porques"!
Os sonhos são mesmo o nosso combustível, embora não tenhamos sob nosso domínio os destinos que estes sonhos nos levam.
Destino, aliás, é apenas e não mais que apenas, o ponto de chegada (que pode ser visto também como o de outra partida).
Abraços, Robson!