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Preto No Branco
De que cor são as palavras que nos meus lábios se ressecam,
Que nem a água de nascente que se perdeu entre rochedos?
De que cor são as ânsias que no meu íntimo se atropelam,
Como os grãos de areia com que a brisa cobriu penedos?
De que cor são as raízes quadradas, as vidas quebradas,
as cartas rasgadas, e as noites passadas ao relento,
Imaginando que um dia virias para me buscar?
Da mesma cor que ficou a outra face da Lua quando me confessou
que partiste, e nunca mais irias voltar.
De que cor são as verdades que no teu coração calas,
Ou as mentiras infrutíferas em que te consomes?
De que cor são as mágoas que bem no fundo guardas?
De que cor é a terra para onde foste,
Em que o dia é mais longo do que triste,
E a noite não é escura o suficiente
Para esconder as sombras da tua humanidade,
Se é que para as sombras já não é muito tarde!?
De que cor é o furor que em mim resiste,
Por não poder dizer que desististe,
E que por entre laivos de amor,
Percebeste que não há cor que o defina,
Se é que ainda ele te invade!?
Negra. Negra é a minha dor!
Negra como a pele que me veste de pudor.
Não negra o suficiente para esconder a tua culpa pálida,
a tua justiça inválida, ou o sentimento que me negaste
a cada declaração, a cada rejeição.
Porque eu estou certo e tu não.
Porque tu és miserável e eu não.
Diz-me agora qual é a cor da razão.
Parte integrante do ainda-a-editar livro de poesia "Detrás da Sombra", com lançamento agendado para Novembro. (Obrigado por todos os comentários e leituras)
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Poesia :
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Comentários
Re: Preto No Branco
Anonimuzz,
Lindo o seu poema! Parabéns! :-)
Re: Preto No Branco
Não sei bem como surgiu o poema, mas ainda bem que o apreciam. Obrigado!
Re: Preto No Branco
anonimuzz!
Preto No Branco
De que cor é a terra para onde foste,
Em que o dia é mais longo do que triste,
E a noite não é escura o suficiente
Para esconder as sombras da tua humanidade,
Se é que para as sombras já não é muito tarde!?
Muito bonito poema!
MarneDulinski