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QUADRAS SEM VOZ
Deixei florisse a saudade
Na hora que está a passar
À memória fulgor da mocidade
Na saudade me deixo ficar.
- Por onde terei andado?
Tão depressa aqui cheguei
Nem dei por ter abalado!?
- Lá do sítio que deixei.
Fui sucumbindo pelo caminho
E agora despertei dum sonho
Não há roseiras sem espinho
- Não sou diferente suponho!
Meu Deus a Vida a passar!?
Porquê nos olhos o espanto?
- Cegaram de tanto brilhar!
Queimados de tanto pranto.
- Hoje sou moinho cansado
Velho, no seu moer brando
Cantamos os dois nosso fado
E parece estarmos chorando.
Já me arrasto tanto assim?
Naufrago em temporal perdido?
Negra nuvem se solta por fim.
- Simples troféu esquecido.
-Sei que hei-de partir um dia
Tudo mais mentira e ilusão
Hei-de partir p'rá terra fria
Apagado, feito nada o coração.
Uma só verdade encontrada
Deixo neste verso gentil
As memórias da vida são nada
Mas as minhas são mais de mil.
natalia nuno
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Comentários
Um poema sentido dizendo
Um poema sentido dizendo muito sobre a saudade que mata ,
e deixa o peito gasto ...
Beijo
Susan
agradecimento
São simples quadras, escritas há algum tempo
Sabes eu venho do povo, nasci numa humilde aldeia
e me comovo sempre que a minha inspiração me leva à criação
de quadras. Faz tempo que só criava quadras e me orgulho muito
pois tenho algumas muito belas.
Beijinho amiga
Tens que me fazer um favor Susan, dizer-me como se comenta, ainda não consegui descortinar
Quando puderes aqui ou no face.