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Refúgio
Há muito que agora não me chamo mais 'eu'.
Forma disforme, ao Sol voltado encasulado,
Não hei de achar sombra nem orvalho,
Que me caiba de bom grado.
Refugio-me então em meu vulgo silêncio.
E afundo orgulhoso em meu velho esquife,
Recolhido, qual menino manhoso,
Enquanto afogo-me no meu drinque,
Contrapondo-me presunçoso,
Refutando o que bem já tive.
Certa vez achei, por pura inocência,
Que as pessoas perdiam o brilho,
Com a idade que as carregavam,
Ao sentido do fardo da vida.
Como um invisível açoite,
Com o mesmo peso grave,
Que transforma o dia em noite,
Dilacerando a carne em feridas.
Mas a alegria é privilégio da alma!
Como a ida é consequência da vinda!
E talvez por ser divina,
Essa não depende de idade,
Pra ficar fosca e sem vida…
E a loucura as vezes,
É o botão de alarme,
Que aciona-se dentro de si.
Tanto da alma que transpassa,
Algum limite de pensamento,
Que não cabe mais aqui,
Quanto de um desespero,
Que se esconde cansado,
Sem ninguém pra acudir.
E sem certa insanidade,
Muitos não poderiam,
Olhar pra esse mundo doente,
E ainda assim sorrir.
Mas enfim,
O que faz uma forma disforme,
Num tabuleiro de furos circulares,
É o que quero descobrir...
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Poesia :
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Comentários
Comentário
Desilusões são sempre traumas, procuras encontros e desencontros.
Belo poema.