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Rude
Dura verdade crua,
dura face nua
que sempre se mostra
como vontade oposta.
Desenha a caneta,
outra calva careta.
Fez-se a russa roleta
da morte na sargeta.
Choro por instinto.
Bacante suco tinto
que confunde o que sinto.
Vida que minto,
pois me sei extinto
em porre de absinto.
Chamaram-no as Parcas.
Em baús e arcas
guardaram o pouco que viveu.
Resta-nos esse breu.
Para Wesley, que hoje faria seis anos.
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quinta-feira, janeiro 6, 2011 - 12:08
Poesia :
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Comentários
Rude
Fábio,
O que foi uma verdade crua,rude,choro, transformou-se numa poesia que denuncia a vida/ morte, a impermanência, mas com toda a beleza das palavras que ressoa profundamente na nossa alma.
Um grande abraço!
suzete.
dura face nua
Chamaram-no as Parcas.
Em baús e arcas
guardaram o pouco que viveu.
Resta-nos esse breu.
A beleza por excelência doma a leitura deste poema em contornos tristes mas tão belos...
Poema de desânimo, poema
Poema de desânimo, poema triste, sente-se a impotência,
uma passagem breve que marcou. e deixou o coração cheio de frio.
Mas a forçs sempre aparece para se continuar...
Gostei de ler.
Rude
Tão rude e triste que chega a dar vontade de gritar!
Um abraço.
rainbowsky