CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Separação
E então vejo que ela se foi.
Sinto-lhe, ainda, o perfume,
que não se renovará.
Como sempre tão delicada ...
tanto me alertava para sua partida ...
- olha, benzinho, talvez uma mulher mais próxima...
- Não saia de sua rotina, não ...
E eu, meu Deus, abriguei-me na tolice
de não ouvir o que ela me disse.
Como a morte, Vinicius*,
o adeus chegou-me pelo telefone.
Punhal inacreditável.
Punhal doloroso,
que me rasga peito e alma
e me devolve para o horror
que mistura solidão, angústia e dor.
Por tudo que já passei
não me assalta a ira.
E até agradeço, entre um e outro choro,
os inúteis gestos de consolo.
E até retribuo com um automático "estou bem",
sem sequer saber a quem.
Continua-me a certeza
que só ela amei.
E essa tanta tristeza,
que só eu sei...
As horas da noite já não me trazem sua voz.
Vôos atrasados, não mais. Só esse silêncio atroz.
Mas ainda sinto o seu corpo
e bebo de sua alma.
E vivo essa saudade
que nada acalma.
Essa agonia de saber,
que junto a ela,
foi-se meu motivo de viver.
Mas não penso, filho, em suicídio.
Pois de morte já tenho o bastante.
Em tantas outras vezes
vi o meu chão se abrir
e só por teimosia continuei a ir.
Mas, talvez agora, aquele excesso de seguir
impeça-me outra caminhada
e acentue esse gosto do nada.
*da poética de Vinicius de Morais.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 808 leituras
Add comment
other contents of fabiovillela
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Tristeza | A Canção de Alepo | 0 | 6.673 | 10/01/2016 - 21:17 | Português | |
Poesia/Meditação | Nada | 0 | 5.810 | 07/07/2016 - 15:34 | Português | |
Poesia/Amor | As Manhãs | 0 | 5.122 | 07/02/2016 - 13:49 | Português | |
Poesia/Geral | A Ave de Arribação | 0 | 5.753 | 06/20/2016 - 17:10 | Português | |
Poesia/Amor | BETH e a REVOLUÇÃO DE VERDADE | 0 | 6.662 | 06/06/2016 - 18:30 | Português | |
Prosas/Outros | A Dialética | 0 | 11.224 | 04/19/2016 - 20:44 | Português | |
Poesia/Desilusão | OS FINS | 0 | 6.222 | 04/17/2016 - 11:28 | Português | |
Poesia/Dedicado | O Camareiro | 0 | 7.268 | 03/16/2016 - 21:28 | Português | |
Poesia/Amor | O Fim | 1 | 5.642 | 03/04/2016 - 21:54 | Português | |
Poesia/Amor | Rio, de 451 Janeiros | 1 | 10.540 | 03/04/2016 - 21:19 | Português | |
Prosas/Outros | Rostos e Livros | 0 | 7.888 | 02/18/2016 - 19:14 | Português | |
Poesia/Amor | A Nova Enseada | 0 | 5.861 | 02/17/2016 - 14:52 | Português | |
Poesia/Amor | O Voo de Papillon | 0 | 5.374 | 02/02/2016 - 17:43 | Português | |
Poesia/Meditação | O Avião | 0 | 5.716 | 01/24/2016 - 15:25 | Português | |
Poesia/Amor | Amores e Realejos | 0 | 7.211 | 01/23/2016 - 15:38 | Português | |
Poesia/Dedicado | Os Lusos Poetas | 0 | 5.818 | 01/17/2016 - 20:16 | Português | |
Poesia/Amor | O Voo | 0 | 5.470 | 01/08/2016 - 17:53 | Português | |
Prosas/Outros | Schopenhauer e o Pessimismo Filosófico | 0 | 9.004 | 01/07/2016 - 19:31 | Português | |
Poesia/Amor | Revellion em Copacabana | 0 | 5.294 | 12/31/2015 - 14:19 | Português | |
Poesia/Geral | Porque é Natal, sejamos Quixotes | 0 | 5.736 | 12/23/2015 - 17:07 | Português | |
Poesia/Geral | A Cena | 0 | 6.240 | 12/21/2015 - 12:55 | Português | |
Prosas/Outros | Jihadismo: contra os Muçulmanos e contra o Ocidente. | 0 | 9.838 | 12/20/2015 - 18:17 | Português | |
Poesia/Amor | Os Vazios | 0 | 8.415 | 12/18/2015 - 19:59 | Português | |
Prosas/Outros | O impeachment e a Impopularidade Carta aberta ao Senhor Deputado Ivan Valente – Psol. | 0 | 6.846 | 12/15/2015 - 13:59 | Português | |
Poesia/Amor | A Hora | 0 | 8.425 | 12/12/2015 - 15:54 | Português |
Comentários
Re: Separação
Pai,
Lindo teu poema, eis que nós ressalta o quanto é fragíl a relação entre seres humanos.
Abraços
De sua filha
Re: Separação
Caro amigo.
Ótimo poema, desde a forma até ao conteúdo.
Um abraço,
REF
Re: Separação
LINDO, GOSTEI!
MEUS PARABÉNS,
MarneDulinski