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Somos feito a lua e o mar
Distância que nos separa é tão cruel
Quanto existem pedras no calçamento
Da quase sempre sossegada rua
Onde eu fico, em silêncio, a te esperar.
Não vens mas a ti serei sempre fiel
Feito brilha no alto do firmamento,
Solitária e ainda assim bela, a lua
Às águas vastas do infindável mar.
Sempre bonita a brilhar lá no céu,
Feito ainda mais és tu em meus pensamentos:
Tão linda quanto eu quero a boca tua...
Mas se quer podemos nos encontrar.
Porém diferente do caso meu
Que, talvez se levados pelo vento,
Chegam a ti que dormes seminua
Os versos, podes alcançar o mar
E para o deleite somente teu
Ver os astros que brilham em tormento
Quando enche-se de ciúmes pobre lua
Ao ver as ondas os pés te molhar...
Estrelas que, tal o aço de um anel
Que te dei pro nosso contentamento,
Brilham frias feito são as pedras da rua
Por onde ciúmes resolveu chegar.
Olhos às alturas. Que aconteceu
Me pergunto quando no firmamento
Eu não avisto em lugar algum a lua...
Silêncio e treva no mundo a reinar
Igual quando ontem a noite ocorreu
De tu não falar por breve momento.
Tu, que longe de mim é feito a lua:
Terna a sorrir sobre as águas do mar
Por mais que esta distancia seja cruel,
Para todo o sempre em meus pensamentos.
─ Não viras na esquina da minha rua
Mas tal as ondas vou por onde tu caminhar...
15 de julho de 2011 – 18h 22min
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