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Soneto sem fé


Esfuma-se a fé na ribalta dos sonhos
Na película seda das nuas folhagens
Há um verde em meus olhos tristonhos
Cristal humedecido, sombra de ramagens

Pluviam-se rios de lágrimas contrafeitas
Arrastam-se dores no leito dos tempos
Almas aturdidas, esperanças desfeitas
Música que oiço sempre a contratempo

Há um limbo emergente, feito de nada
Sírios sem padroeira, ateus de memória
Um devir ausente pela madrugada

Roçando a apatia, entregue à sorte
Resta agora a vida que se vê lá fora
É noiva de luto, boda sem consorte

Maria Fernanda Reis Esteves
50 anos
natural: Setúbal

Submited by

quinta-feira, abril 22, 2010 - 22:29

Poesia :

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Nanda

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Comentários

imagem de marialds

Re: Soneto sem fé

Lindo soneto.
Destaco:

"Roçando a apatia, entregue à sorte
Resta agora a vida que se vê lá fora
É noiva de luto, boda sem consorte"

Parabens!!!

imagem de Henrique

Re: Soneto sem fé

Há um limbo emergente, feito de nada
Sírios sem padroeira, ateus de memória
Um devir ausente pela madrugada...

Uma beleza de imagens à sorte no verde dos olhos aqui traduzidos de forma sublime!!!

:-)

imagem de LilaMarques

Re: Soneto sem fé

Nanda,

Que beleza de soneto!

Profundo, bem conseguido com um final grandioso.

Um beijo grande,
Lila.

imagem de analyra

Re: Soneto sem fé

Lindo, amei lê-lo.
Sonoro, rico povoado por um sentido pulsante!!!
Beijos, muito bom de ler.
Favoritos nele!!!

imagem de angelalugo

Re: Soneto sem fé

Olá querida amiga

O assunto é triste, mas a Fé precisa
permanecer em nossos corações, por
mais que doa ...Creio que é chegada
a hora de separar o joio do trigo
da igreja...Gostei muito do soneto

Beijinhos no coração

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