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Strange IX - Pura e nítida
Naquele céu púrpura talhado pelos falcões
destilaste o horizonte claro com a tua pele;
emergiste a cabeça nas nuvens horizontais e cinzentas
e deixaste-te observar as luzes voláteis do meu sonho
observando-me de árvore em árvore
a galope no meu cavalo negro lusitano.
Sopraste o fumo de uma chaminé
de encontro à armadura amolgada do meu sangue;
senti ao rubro duas cegonhas pousando-me ao ombro,
baterem as asas e incandescerem-se na minha nuca,
quando nadavam borboletas na electricidade viva
dos açoites a que me condenavas.
Resignada com a minha resistência
catapultaste-me no dorso de um anjo clandestino
até aos mares da lua, pintados com carvão dos abismos,
e daí pelo vácuo espacial das poeiras cósmicas
até à estrela polar enraizada naquelas asas feridas-
as asas da minha imaginação destroçada
pela tua atitude de medusa mascarada;
Ainda quiseste sufocar-me com os cabelos
amaciados por óleo de amêndoas doces falsamente amplas.
A minha garganta acorrentada arde
como se urtigas vindas de um beijo teu
dominassem o império turbulento do meu coração.
Anoiteceu por duas vezes à beira do cais.
Os barcos partiram na tempestade dos teus seios
e mesmo assim descobri que me amavas.
Na tua sensualidade os cascos do anjo negro
ecoavam nas grutas longínquas do sono
e a tua voz dizia claramente em contradições com os actos
que a alvorada do dia seguinte
seria como aquele último e penetrante olhar:
Tão pura e nítida como o reflexo da água no poço.
rainbowsky
2002
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