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SUSSURO LÂNGUIDO
A solidão fez assim um homem,
doente, silente, desmaiado num muro.
A sombra foge, derrotada a sombra.
Pobre sombra, este é o teu corpo!
A lua acompanha-me, lava-me os olhos,
pois pra lá olho no espelho do destino.
A minha figura, tremendo ao frio álgido.
Os meus pés gastos, e a água deslizando…..
Sussurra-me um sonho, uma quimera de luz.
O descanso dos inertes, o medo dos hirtos!
Levanto-me, um cão frívolo pasma a desgraça.
Os pássaros aquecem-me de cantigas infantis.
As folhas trespassam a rua, fazem um tapete
de negro, um tapete irradiando miséria!
Pobres folhas, pobres árvores, pobres ruas!
Ninguém pode fazer nada por mim, ninguém!
Acreditem nesta hora, sincronismo perfeito
do sentimento com o acto, virá a morte…..
Eu sou triste. Eu sou visto nesta secura.
Sou o farol das almas devoradas pelo silencio!
As águas passam do tempo, o tempo não existe.
Vou passar de tempo, ganhar tempo, viver!
Ah morte santa, leve-te um corpo, a beleza,
leve-te a nudez o meu peito, hei-de morrer!
Por isso espero, agastado neste muro esquálido,
a perenidade das palavras, o abismo das mãos.
Todos me vêm, todos me sentem grande!
Pois o espírito, há-de ser grande, mesmo na morte!
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