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ACLAMADO PELOS ANJOS (A Meu Filho)
I
Abrindo janelas transparentes,
A ansiedade, a libertação,
Tomam conta de mim, desta emoção,
Deste tempo, deste choro premente!
Um jardim e uns olhos coloridos.
Um quintal e um sonho por amigo…..
E um riso, indelével jazigo,
Que aclama sentimentos perdidos!
Vou voltar sobre esses olhos puros!
Vou amar essa candura diluída!
Vou quebrar belos altaneiros muros!
Mas a força desta alma jaz puída,
Seus poros vibram jorros impuros
Como punhais, noutra vida vencida!
II
Salto no outro tempo, aonde o tempo dorme
Escondido nesses olhos cinzentos,
Privados dos mais ínfimos tormentos,
Um paraíso, meu amor sem nome!
A brisa recolhe-me nas palavras
Que o próprio vento faz brotar além.
Esse tesouro, mapa que tu porém,
Com tristeza no coração esmagas.
Ah, esse tempo de brinquedos pueris!
De estonteantes traquinices fetais,
Que me constrói de cada vez que ris,
Nos lábios inocentes marginais,
Da tontura dos vermes pecados vis,
Aonde sem querer, querendo, tu cais!
III
Assim só, aclamado pelos anjos,
Simbiose de espuma de mares,
Amor p’ra amor, trocam seus olhares,
De um sorriso e seus anjos.
Pudera florir em ti, em teu olhar,
Mergulhar nos silêncios da beleza,
Fazer do teu tacto minha destreza,
E por mim em ti, outra vez lá voltar!
Eu queria viver, contigo chorar
Rios de lágrimas de infância,
Jorrando férteis golfadas sem parar.
Jorrando tépida doce fragrância,
Odor, ó odor! Que faz revisar
Passado, futuro, nossa infância!
IV
Hoje não perscruto o horizonte.
Hoje, meu suor é mais encrespado.
Meu pranto cada vez mais sufocado.
Meu silêncio por ti como uma fonte!
Balbucias rosas, puras de jardim.
Regurgitas húmus, sonho maternal,
Terreno nascente e sem igual,
Aonde esventrado me olho em mim!
Tu sabes mil segredos deste amor
Que petrifica semente daninha,
Que mói o gelo num lânguido torpor!
Amando essa tua voz sofrida,
Meu corpo sobre teu corpo trovador,
Oscula alma que pr’a ti caminha…..
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