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A um espelho empoeirado

Se assustou com seu estado,
Parecia; ele ia morrer!
Se via pleno, derrotado,
Por certo iria perecer.

Se olhou fascinado.
Mas, não podia acreditar,
Expressão fraca, rosto pálido,
O fim havia de chegar;

Indignou se com a fraqueza,
Tragou seu fumo, honrou a frieza,
Ao seu estado tuberculoso.

Olhou se novo, viu se perdido,
E em ironia ao temido,
Tossiu, tossiu, tossiu de novo.

Submited by

quinta-feira, setembro 17, 2009 - 23:07

Poesia :

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RobertoDiniz

imagem de RobertoDiniz
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Comentários

imagem de Henrique

Re: A um espelho empoeirado

Se olhou fascinado.
Mas, não podia acreditar,
Expressão fraca, rosto pálido,
O fim havia de chegar;

Uma poeira inevitável...

:-(

imagem de FlaviaAssaife

Re: A um espelho empoeirado

Roberto,

O espelho nunca esconde o que os olhos não querem ver!

Muito bom! :-)

imagem de anadeornelas

Re: A um espelho empoeirado

Roberto,

Não me canso de ler os seus sonetos...mais um que me surpreende!

ana

imagem de MarneDulinski

Re: A um espelho empoeirado

RobertoDiniz!

A um espelho empoeirado

Os anos passam, suas imagens também passam, mas o espelho é fiel!
MarneDulinski

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