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Verdade nua numa tarde fria

Minhas mãos podem afagar um cabelo
mas também sabem bater e magoar,
meu olhar para uns está negro e vazio
não é um livro aberto que podem ler,
gosto que pensem que tenho medo
e que ainda nada tenho para mostrar,
visto um casaco quando tenho frio
adormeço quando quero esquecer.

Algures perdido entre a multidão
sou mais um rosto que te vê passar
num palco calcado e bem polido
que aplaude só por gostar de te ver,
em segredo te amo com uma paixão
que aprisionei até saber decifrar
um código em aramaico antigo
para os meus sonhos poder entender.

Algures no meio de muita gente
 adoro quando te vejo a brilhar
em cada segundo bem vivido
nos momentos prementes de lazer
com um sorriso que é diferente,
é genuíno ninguém vai saber copiar,
só em ti ele pode fazer sentido,
no teu rosto ele tem razão de ser.
 

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quarta-feira, junho 15, 2011 - 00:18

Poesia :

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AdoMarks

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