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Vermes Doidos e Duendes Varridos
Queria ser longe, queria ser um vaso,
Uma flor já seca na terra não regada.
Podia ser… Podia?
Um sol molhado, um raiar amarelo raso,
D’ além lugar, na iluminada regata.
Mas…!
A hortelã é verde!
Queria ter-te na rede apanhada,
Uma sereia azul inteira e só minha.
Podia ter-te… Podia?
Podias ser no limoeiro catada,
Uma uva branca espremida na vinha.
Mas…!
Os gatos não nascem nas árvores!
Queria ser-te à noite nos quintais,
Um cão vadio e a húmida relva cheirar.
Podia ser-te… Podia?
Nas mãos de lavadeiras, as tais,
Aroma de sabão e bolhinhas a remar.
Mas…!
As laranjas são cor-de-laranja!
Queria ver-te numa garrafa, liquefeita,
Num copo despejada, na mesa de mil ébrios.
Podia ver-te… Podia?
Numa vassoura submarina, bruxa feita,
Sapato pontudo, chapéu bical e arrepios.
Mas…!
E o arroz não faz os olhos bicudos!
Podia ser?
Pedro Martins
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Comentários
Re: Vermes Doidos e Duendes Varridos
Queria ter-te na rede apanhada,
Uma sereia azul inteira e só minha.
Podia ter-te… Podia?
Podias ser no limoeiro catada,
Uma uva branca espremida na vinha.
Mas…!
Os gatos não nascem nas árvores!
Forte todo o poema!!!
:-)
Re: Vermes Doidos e Duendes Varridos
Chamou-me o titulo, berraram-me os vermes e duendes escondidos.
Os gatos não nascem nas árvores!
Sátiro,de muito bom gosto e nem arquitectado.
Um forte e apetecivel poema.
Parabens
Re: Vermes Doidos e Duendes Varridos
Pedro,
Está tua poesia me fez pensar e muito.
Mas destaco o desfecho:
"Podia ver-te...Podia?
Numa vassoura submarina,bruxa feita,
sapatos pontiagudo,chapéu bical e arrepois,
Mas...!
E o arroz não faz os olhos bicudos!
Podia ser?
Não pode ser por causa do arroz...
Uma beijoca no rosto.
Varenka