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Versos Universias VIII

VERSOS UNIVERSAIS

–VIII–
Se Morpheu em seu vaporoso trono
Sonhasse a alotropia do carbono
Este sonho nunca seria o bastante:
Não importa o quanto venha a ser risonho
Não há um livre de se tornar medonho
Enquanto somente a alma é tal um diamante!

E lapidada aos moldes do mistério,
Amalgamado de muitos minérios
Retirada das profundas entranhas
Vertedoras do sangue negro de eras
E eras, a humana essência o que antes era
Ainda é e inda assim se mostra tão estranha...

Que à gênese parece ter descido
Voltara como um ouro enegrecido
Pelo tempo em suas singulares ânsias,
Das coisas todas ladrão de esplendor:
Desprovido de mínimo valor
O homem imundo torna em sua ganância!

Talvez sonhasse e achasse muito belo
O que sempre se torna um pesadelo:
Que foi barro será enxofre e fuligem,
Extirpado e espalhado à escuridão;
Centelha, mas frágil como um carvão,
Fadado a padecer a sua vertigem!

E preso a da ossatura o opaco cal
Se vê e aprisiona assim o brilho tal
O de um cristal, o da alma, jóia exclusiva!
Pedra lapidada a fim de disforme
Ser, livre da fria forma vermiforme
Destinada as criaturas todas vivas!...

...Se sonhasse em seu trono vaporoso
Morpheu seria um destino belicoso:
Seria a raça humana às portas do inferno
Batendo a fim de suprir a alma escura,
Cega a própria luz mais forte e mais pura...
De apreço Inestimavelmente Eterno.
João Pessoa  -  Paraíba  -  Brasil
Novembro de 2012 – 10h 34min

Adolfo Justino de Lima

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quinta-feira, novembro 29, 2012 - 20:05

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