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Vez Após Vez – Uma Flor Se Cruzou Comigo
E o seu beijo deu-me asas, de fulgor incerto
Sonho acordado, olhar desperto
O sorriso de brilho intenso, com carinho
Mãos dadas sempre, somente um caminho
Pelo seu ramo dei mil passos, sobre estrelas
Há muito esquecidas, porém sempre belas
No seu abraço senti mundos, de cores intensas
Risos constantes, alegrias imensas
Seu olhar iluminou a luz, raiando o dia
Sua maviosa voz esboçou a única melodia
Osculando a manhã, bailando sobre o imaculado
Como se antes nunca houvesse realmente beijado
Havido então renascido eu, recriando o dia,
Para somente sentir, por genuína magia
Seu caule estremecia, uma pétala voluteava
Pó de estrela graciosamente nos flanqueava
Nunca tão esbeltas brotaram três palavras
Só a candura conhecia como prová-las
Eram azáleas póstumas de suspiros pintados
Astros decaindo sob contornos silenciados
Encetada a metade, resvalando o Estio
A melíflua essência então propagou um rio
Seu derradeiro leito percorreu o infinito
Sob um delírio estático, numa alma descrito
Hospedeira de um vivo abantesma interior
Oceanos secaram todavia granjearam cor
Sonância resignada, o silêncio ressoava
E em áscio marasmo do universo abdicava
Nesse momento o Tempo ávido regressou
Permutando uma alma, somente uma restou
Apaixonante memória áurea sempre consigo
Ensejos memoráveis, velando hoje o jazigo
Quando apenas nada havia para sentir
…Ela sentiu…
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Comentários
Re: Vez Após Vez – Uma Flor Se Cruzou Comigo
Quando apenas nada havia para sentir
…Ela sentiu…
è sempre bom encontrarmos as nossas próprias flores no caminho...
:-)
Re: Vez Após Vez – Uma Flor Se Cruzou Comigo
LINDO POEMA, GOSTEI!
Meus parabéns,
Marne