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“LIVRÉNIO” ( Parte 1ª)
“LIVRÉNIO”
Com
“António dos Antónimos”
Para começar, deixem que, primeiro, vos alegue minha vida; para que desocupe o espaço preenchido pela incomodidade, de Musa, que, inquieta, se apresenta fecunda; mas um tanto desorganizada, confundida pelo tempo e pela própria idade:
Que o saiba quem o não pode contar, que, já por largos anos esperava aquele que chegasse; não aquele que o queria porque, Musa, vem assim no rompante que espera, encontrada adormecida.
Bom… Já não podia alegar o princípio, pois que, o veiculo mantinha a sua marcha, lenta; assim: Principia desapossada; para que o vento repuxe seus cabelos, que, ásperos, (os solavancos do caminho) atiram com o olhar para sobrepor e ultrapassar as copas das arvores, carregado de coberturas azuis, outras escuras, salpicadas de estrelas… Isto, quando o manto de prata não investe em sua fúria, desbastando a escuridão; procurando, junto aos seus troncos, algum segredo de mão dada, ou, pares de beijos consecutivos no oculto declarado, do pequeno espaço de vida que se agarra há terra inventando novas formas para desenvolver a guerra. Assim, como vo-lo dizia, não importa que algumas das palavras emagreçam ao balanço da minha escrita, que, posso assim muito bem pensar, ou não pensar… Mas, escrevê-lo, como-lho escrevo, aonde não cabe o timbre…
Caro leitor: Venho, pela minha vida; ou seja: Por este corpo, que, Musa, tanto se sacrificara, em petições, pedindo há mão que segurasse o lápis e, que bem contada: Não admitia que os dedos batalhassem independentes esta guerra tão buchada, iniciada sobre a latrina; que assim teria de o ser: O lápis sim! O teclado ficaria para depois; que Musa, atacara o futuro com as armas do passado; não que ela fosse incompetente, não; pelo contrário: Até podia mostrar ao povo que, nem sequer pela boca se alimentava… Pronto; voltou a ficar intrigada: Olhou para mim, assim, com os olhos atravessados; enquanto as árvores se despiam e disse, apontando lá para cima:
- Tu; ò… Farfalhudo: Trata de lavar a loiça; arrumar a casa e deitar lá para o papel toda a quinquilharia; que, eu! – Dizia ela – já estou toda molhada! E trata, também de exercitar os ombros e o pescoço para que mantenham ai, o pulso: Não com muito movimento, mas o suficiente para desenvolver a minha (tua) dita; e mais!
– Exclamou, ainda, num tom elevado: - Não pares para pensar, porque o tempo urge e já te dei todas as liberdades; aqui, em tua casa; eu estou cansada de te aturar: Sempre com essa mania da perfeição, que acaba por não servir para nada. Vá! Vamos lá a largar os queixos e começar a trabalhar. Como já te disse: O tempo urge e já me pareces um pedinte igual aos outros que, parece que essa carne envelhece e daqui a pouco: Viras-te do avesso e o Mundo fica sem as minhas… Poucas; que nem os outros que aqui passaram se envergonharam de falar: Corajosos, desbravaram a terra e conquistaram os mares. Uns esqueceram-se que o eram; outros: Caminharam, piolhosos, foram para debaixo da terra; para desinfectar… Mas, todos que assim fizeram: Logo deram que falar….
– Calou-se. Eu, um pouco desiludido: Atirei com os papéis ao ar e comecei a falar sozinho. Ela não dizia nada, limitava-se a preencher o espaço e a tocar piano nas notas do tempo. Eu sabia desde o início; o que ela queria, era ocupar a minha vida; queria que eu despejasse as minhas memórias ali ao lado e me enchesse de branco por dentro e por fora: Que ficasse vazio; que a prima-dona aspirava em todo o espaço uma liberdade que, por si só, se deixasse navegar… Eu: Um miserável prisioneiro, trabalhando para manter a cepa no ar! Mal tinha tempo para as megacidades fisiológicas: Obrigando-me há minha vida como um partitivo! E (ela) ainda me vinha criticar. Ao falar nos infestados, achei que (ela) só podia estar a gozar! Mas não! Não estava nada a gozar; que, logo no mesmo instante parei para pensar; coisa que Musa não queria: Para ver a mim, que vivia na penúria.
(CONTINUA)
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- Tu; ò… Farfalhudo: Trata de
- Tu; ò… Farfalhudo: Trata de lavar a loiça; arrumar a casa e deitar lá para o papel toda a quinquilharia; que, eu! – Dizia ela – já estou toda molhada!
Estou a gostar muito de ler seu Livrénio.
Venha de lá essa continuação, o meu fascínio atraca.
Um abraço amigo António Duarte.
Olá amigo vitor, É com
Olá amigo vitor,
É com muito prazer que encontro a sua admiração. Para dizer a verdade "LIVRÉNIO" é uma loucura, uma história corrida que encontra todo o tipo de alucinação.
Tenho trabalhado numa outra historia, ou seja: Um romance. Por tal não tenho tido a disponibilidade ou, talvez até tenha, mas, acho este "LIVRÉNIO"uma obra tão ilariante que tenho sentido algum receio em publicar. Uma vez que o meu amigo está a gostar vou colocar um pouco mais. Obrigado.
Grande abraço.