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“LIVRÉNIO” (Parte 4/1)

 

(António dos Antónimos)

 


Continuação:

Sim. O certo é que muito me gosto de dormir – por assim dizer – que: Quem dorme também descansa; o meu sonho não é um canto pacífico do inconsciente abandonado, não, o meu sono é um jeito de acordar: Levantar-me e passear por jardins floridos, onde as flores me complementam e eu, não gosto de as magoar; Pois que, quando acordo já é tarde e fora de horas. Era a altura certa de continuar, mas, se vós, caro leitor, quereis ver uma flor magoar a outra: Chamai aquela mais pequenina e dai-lhe um cargo que, ela não pode mas, pensa que já está a mandar.
Não que eu atalhe a situação mas, a meu bem ver, - e com razão – Não deis coisas Santas aos cães.

Por assim continuar: Procurava sempre um ou outro amigo (de, assim chamado: Como um nome qualquer que, no final estavam todos virados para o mesmo lado: O do dinheiro! Aonde é que está o cofre?) Por ai; assim um pouco mais ou menos, que, nem nada precisavam dizer: mal seus olhos caíam no pedaço, suas feições variavam e já não sabiam como experimentar os meus sapatos. Logo de repente, conhecia a rotação da cabeça da culatra, ouvia-se o percuto reclamar e, a grande novidade, que grandemente me alegrava, era a preguiça da mola, que por tanto alvo esperava, que pasmava; parecendo uma papalva de olhos eriçados: Imóvel na forcada do carvalho… Sorte a minha, que abundava, para que a fome me obrigasse a mexer. Logo a noite chegava e a minha vida gritava para viver. A mim! Com grande custo; pousando a caneta, com um certo remorso até; como se o filho estivesse para nascer. Musa, na minha cama se deitava, enfeitiçada, como que oferecendo um parto ao Mundo e num convite arrematado, dizia:
- Anda aqui… Vem-te mexer!
- Eu, já de nervo irado… Homem mundano; peguei na caneta – que chorava – atirei-me pela janela numa atitude cansada e fui dormir no horizonte, onde a prata da lua despoletava; depois, os meus pés ficaram redondos e obrigaram-me a caminhar para o lado. Quando acordei, o Mundo encheu-se de contentamento e o meu estômago, admirado, falava comigo como se nada se tivesse passado; corri para a latrina, onde, na porta, tinha um Homem ajoelhado, com uma legenda, dizendo: «Homem a trabalhar» entrei, sentei-me, agarrei os primeiros pedaços do meu filho, completamente esquartejado e comecei a endireita-lo: Uma vírgula aqui, um apagado ali; de repente, uma lembrança: O frigorífico estava, atenciosamente, avariado; o fogão, não se tratava para cozinhar que, a panela não se mexia e nem água, mesmo fervida, tivesse tanta agilidade para me poder alimentar. Depois, meu Mundo, com toda a sua felicidade, ficara cinzento, cobrindo o azulão de todo o entendimento.
De toda a família - na estante organizada – só este que nascia, chorava: Tinha fome de vida verdadeira; não queria ser inútil como o resto de toda a papelada. Comecei logo ali a enterrar-me, ainda quente: Aquela angústia, conspirava, batendo de encontro às minhas costelas que, frágeis, rematavam o estômago, inchado para as costas, largando no canto dos olhos, - já quadrados – o cheiro de uma lágrima seca, que a fome tão alto chegava. Desventura aparelhada, que soltava crédito na língua, dentro da boca fechada; que depressa uma folgada de ar a desenterrava; meia húmida mas, sobre o comprido esparramado. Agora é que eram elas: Com um defunto dentro de mim. Não pareceria muito, nunca, acudir à gritaria da filharada.
- «Por Alma de quem! Haveria, (eu) de constituir família entre a caneta e a papelada mal aconselhada? Maldita palhaçada: Com suas horas, intermináveis, dedicada aos deleites que gerei.» - Pensei um pouco, bastante desorientado «De onde é que tu vens! Retardo de uma jaula empalado.» As palavras saiam loucas; eu mesmo, não proferira uma só; que, a língua aproveitava os banhos silenciosos, sacudidos por um estômago viciado.

Levanto o poema pela estrofe e vou mostra-lo ao amigo, por assim dizer: A palavra encontra-se situada.
– Iça! Tens um caminho! É tudo a descer.
- Diz. Quando apanha a encosta que escorrega na estrofe e salta para a lágrima no canto do olho a desaparecer. Eu, que já andava com as calças desapertadas: Vem ele cantar corridas de baratas atrapalhadas!
- Espera ai… Muito bem; muito bem: Não tem erros; as palavras, são mesmo as palavras!
-Exclamou, de olhar esbugalhado; como quem nada entende e, dinheiro, não vê deste lado, sempre acenando, afirmando, enquanto pró entende convencer o estupor de que a vida tem mais do que o mesmo lado; como quem faz um livro ao útero apontado. Eu! « A mim…» Esfrangalhei o turbante na entrada da cabeça e: Que o raio que o para lhe aconteça.

Sozinho, após o contratempo, comecei a rir numa afortunada cantiga: Escrevo para mim; quando logo, esfrego os olhos no tintalhar, para fazer a revisão. Depois, assim: Como quem não quer nada: O retrato, na minha frente, também sorria. Fiquei alisado no contentamento e comecei a aproveitar toda a quinquilharia; para que as teias se entendessem e assim progredir o alcance, a caminho do buraco onde a fome acaba.
- Olha para esse cabelo! Essa barba!
- Logo atiçou o atrevimento em exclamação extraviada. Eu… Que escapava por um triz às malhas da sociedade. Tinha que respirar fundo, para insistir nesta batalha que, mesmo sanguinária, dentro do meu peito, distribuía por todo o lado uma arribaria de movimentos e saguões, recebidos à chapada; quando não: Até aparecia o intestino grosso meio assanhado, ameaçando engoli-los a todos de uma só rajada. Que impunha o esconderijo mais importante e regava o jardim de cheiros estampados, com a formosura de um Mouro qualquer que, ontem, por um grão de poesia acabada, lhe chamava Mondais; para lhe dar a ocasião de procurar umas quais queres feridas abreviadas, quanto, do tanto valiosas, infortunadas, pagas por um engano, um tanto dia que, levou do tempo uma galhardeada. Com isto, a peçonha ia vivendo disfarçada; prometendo intrometer a restituição do ano, em todo o trono sentada; numa actividade comovente; tanto! Que nem lhe lembrava que ia a pé batendo todo o malhado com orelhas de cabra excitada; que, assim desperta, não haveria pedra ou calçada… Até os botões do sapateado se soltavam apaixonados por uma queda do pequeno instrumento, encenado, alegre e perdidamente nos suspensos da mente; um pouco confusa, é certo, mas, refazendo-se em boas, sempre necessárias aos desfrutos das maneiras, que, por vista larga, aprofundada ao desmoronamento da água, pouca, para ali cumprimentar um alinhamento certo e dotado. Que saibam vossas senhorias: Que se entretêm na regadia “deste campo” esbelto; ainda que, a plantação, já há muito, na prateleira; que se verá um tanto acanhada, certo também… Pois que são, agora, vossos deleites de leitura, como um espanto atrasado; que chega ao pequeno e grande, alojamento, para encher, do seu Império, a alegria, que seja, ou mesmo a algazarra; que a todos, muito gostosamente me agrada. A mim… António dos antónimos, anseio encontrar-vos nesta viajem tresloucada que muito… A mim… Também eu sou um irmão! Mas, um Homem que se mata todo o dia pelo mesmo diálogo ultra-moderno: Que sou uma graça em frente de seus olhos, sobre tudo: Quando o coração reconhece a imagem sufocada; que se endurecem os lábios, se secam de um dia para o outro dia, que, lentamente, começa a abrir caminho para vosso remédio; quando nada mais se encontra… Talvez: Propiciando a ocasião encantada na desavença da esquadra ocupada pela esquadria do obstáculo que faz o filho como quem pede socorro há sobrevivência, que, afundada, se enterra no domínio da auto tarefa de extinção esfomeada. Não penseis vós que escolho a língua por amor ou presenteio de palavra que não teve altura para ser estudada ou cultivada; mas, podereis afundar o dicionário, que, a boa acção não vai perder uma só palavra; por tal, se desempenha como um retrato, emoldurado, por esta mesma língua que, traduzida numa outra língua qualquer iria significar qualquer coisa exacta, dissimulada pela assimilação, culta, de uma contemplativa destrambelhada, “Mística”. Que me perdoem as crenças supervisionadas, se a estocada chegar a escorregar para as contagens circunstantes; que ali se vistam, encobertas por tanto empenho, que a mim… Eu; que tanto me contento dentro do meu buraco sem vivalma que precinta o tamanho de avançar no meu silêncio; na galdéria descalçada sobre as páginas, onde, ou, de onde, o “Livrénio” , por assim vendado, experimenta, com suas mãos atarefadas, abrir passagem insistente, que, escondida, pelos meios da papelada, tenta refugiar-se; mas também, não lhe serve de nada: O campo encontra-se ofendido. Haveis vós de tocar a virtude do meu silêncio:


“VIRA-TE LAUDA BRANCA”

Vira-te página desanimada
Que já em mim morreu essa Pátria parida
“Que tivera subido com o relevo da palavra
Para usurpar a voz no tempo perdida
- Pois, conquistara o sangue como Bandeira erguida
Perdendo-o, corrompido, pelas estrias da vida.
***

 

 

-Vira-te poema macabro, quem “Livrénio” atinge arrematado; que esta espécie de arremedo … Decerto, nenhum ao contrário. Bom espaço se faz, que assim o pareça; aquando, até gracejar, o desperdício lhe mereça. Vá! Desfolha ai o vocabulário; para pescar o enigmático do demonstrativo! Não fiqueis vós distraídos pelas infinidades de águas diversas; que, posteriormente, “já então respeitam o Mundo com todos os arrojos intrépidos” também eu duvidara da pobreza, mesmo entranhado nela até ao pescoço; se não: Não estaria aqui neste palco desmoronado até aos escombros das minhas escusa duras; que, fantasmas esculpidos roçam a unicidade, emperrando, por certo, os restantes tombados, como estátuas esquecidas. Assim, vereis a desolação que se vai derramando na nega do entendimento; que não se funda, a escrita, pela simples citação, mas, recata-se honesto o poema isento da prudência; que Musa desinteressada! Disseste-mo, não há dúvida. Pois, se tu sabes o cortejo, que mais queres se não pensas?


“VEREIS”

Vereis vós, que ao Mundo laço em primeiro
O estigma da vida que se lhe dizia;
Aquando chega, na conquista do dinheiro
Sem a vergonha, que de todos se lhe via…
Ou, largo emigrante, cruzado Francês
Que lhe falava, um azedo, estragado Português.
***


Experimentava palmadinhas nas partes mais elevadas do “sobre tudo”, para mais assim agradar.
- Está-me parecendo agora, meu filho, que fiquei diverso de climas; afundando, uma vez mais, na matemática errante da demonstração; que, se por avença, entendesse o azedo da palavra: Eu já não me permitiria aos campos alapados, dos Elísios, pelos olhos espalhados; mais parecendo uma enxurrada de amor no meu coração; ofertado ao parto que se elege por conta própria; enquanto eu, vou estirando umas pausas; para fazer caretas que assustam dez ou vinte sombras de mim, constantemente, a imitar as minhas ligeiras guinadas trisseculares; que entendo o empenho de comprazer-me na prática da boa vontade! Que não se encontra por ai flor tão afincada: Sempre fazendo de mim, para mim, por mim; o que, daqui a pouco posterga a manifestação e assento na lembrança que, do Pai, passa para o filho, por uma torneira providente ancestral, atravessando gerações seleccionadas pelo espanto do Universo; que, presenteando-se, para sua satisfação, encaminha o Homem na ruptura das linhas Celestiais; por onde se entrega o louco, chamado pela perdição do castigo, da barafunda que cai no mau desejo e pensa-se válido pela amizade professada, consentida por uma emoção do desamparo, pendurado; como que, para salvar a vida em tão manifesto e virtuoso perigo; onde se pode perder as habilidades, tanto veneradas, que, o Mundo abandona para as suas costas em troca da perdição; que se oferece a preços extraordinários de negócios vendidos e comprados; que “juvenilmente”, acolhem novos tipos de profissão.


“TROVADOR”

Tendes vós…
Oh conversa do meio-dia
O poeta, afastado por timidez
Ou, poeta dito, em vozes, por melodia…
Esperando a morte na penumbra da pequenez
- Então, que permaneça antologia de vez
Ou, que se faça, de novo, poeta com rapidez.
***


- Porque será que ficam a olhar?
- Pergunto a mim.
-Que desonra lhes incuto; que lhe vestem conclusões fiadas em cúpulas concluídas; que jamais foram comemoradas pelo visto do objecto; que, Luís, também tivera batido no seu estômago, sobre a torneira providente da geração e arrumara, corajosamente, a selecção das suas braçadas, para levar o sangue que marca, ainda, a Bandeira da Nação.
- Agora, poderão vossas coragens respirar um profundo tema; que aborda todas as penas empreendidas por tanta destreza; no seu desamparo consentido, persuado, de confissão honesta. Assim me espero no meu buraco, com suas belezas desvairadas; também aqui, não preciso dessas melodias; que já os olhos se deslumbraram pelo abraço acolhido que me entrara nas veias e me vai consumindo a carne, inconcebivelmente, selando cerimónias que iniciaram a aventura da minha Alma; no idealismo, remendado até ao pulmão que, apenas por amigo verdadeiro: Meu Santo guerreiro: Expedito. Companheiro de ânimo intemerato, de valentia como princípio, que conhece a manifestação tentada em mim; também ela empreendida na pretensão da Santidade que escorre dos anjos para o corpo dos Homens; valendo-se deles até à compreensão do gentio que sabe aceitar e respeitar “os que andarás” comprazendo-se na entrega desinteressada ao domínio da carne.

Os cumes das montanhas assinalam a mudança de estação. Desaparecem da alegria Primaveril, os encantos galanteios, que não poderei esconder por muito mais tempo sem a festa da passarada, que, em toda a sua cautela tomara o voo súbito, fugindo à raiva, logo, das primeiras neves, em revelação ao contrabando dividido pelo gargalo da madrugada…

 

CONSPIRAÇÃO

Atiça de longo, teus olhos ao horizonte
Aonde se faça a conspiração da noite
Que ao mais alto se ergue sobre a colina do monte;
Pela arruada servida de açoite…
Oh crepúsculo, que eleges a despedida
Para riscar no mar a solidão da Lua perdida.
***

 

- Conspirado o intento: Apeteceu-me um caldo de lágrimas pelo suor triunfado nos alvoroços da descrição. Poderia encabular a vingança servida num prato frio; que apenas figurei expressar alguma moção de amor, que por ventura alegrasse o entretenho da vida; onde mais dói! Para servir um pouco a mim, tranquila, quando logo acontece. Um ausente que caísse, ainda, em si e, desencantadamente recatasse a censura com que se atrevia a puni-la…

CONTINUA
 

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domingo, abril 10, 2011 - 09:16

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