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Amor de Rendas

Eu adorava sentir o suor dele respingar no meu.
Seu corpo era como as coisas boas e simples que a vida traz de surpresa e leva sem que percebamos; sem notar deixei a porta aberta e ele entrou. Sem contestar acreditei em todas as verdades contadas pela sua boca santificada na imagem de algo melhor para mim.
De repente me vi em seus braços sem saber como sair daquele emaranhado de carinho e redenção, não sei bem do que estava me escondendo ou o que estava curando, mas ele certamente era um ser que eu nunca havia encontrado.
Muitos já provei nessa vida, mas nenhum tinha o gosto como o dele.
Sua pele crua e quente apertava meus seios... Ele causava-me febre. Não houvera remédio ou cura, minha vacina era pertencer a ele todas as vezes que desejava.
Juntos éramos um mundo melhor e mais forte, sozinha perdia-me nas impurezas de todas as outras coisas e pessoas que me rodeavam.
Seu corpo fazia-me rodar como quem fica cego em meio a uma montanha-russa, estar no ar não bastava para me tirar do chão, eu tinha que fechar meus olhos, suas mãos me guiavam.
Fazíamos amor sentindo o torpor um do outro, a lentidão dos quadris para que pudéssemos caber um no outro de maneira maior, mais profunda, mais real já que na realidade não podíamos nos pertencer.
Suas pernas abraçavam minhas coxas como quem me impedisse de correr, e eu não correria, apenas iria ao seu encontro, como uma menina boazinha que só quer um pouco de ação.
Eu era Anita, Lolita perdida pela noite em camas que desconhecia no perfume de um homem irresistivelmente amável, eu era passível de paixão, de ilusão, de recreação, dependia somente do que ele quisesse. Ele não sabia o que queria, eu me dava por inteira então, para que ele melhor pudesse escolher qual pedaço pegar, de onde se alimentar, até onde ir... Às vezes parecia-me somente
que ele poderia se perder por todos esses caminhos. Às vezes nem mesmo eu sabia por onde andar, para onde ir, qual chão pisar...
Eu era boneca de pano em seus dedos como se todas minhas costuras estivessem a se desfazer por entre suas agulhas, suas palavras de carinho, gestos de... Eu estava a mostrar meu interior. Meu preenchimento, meus algodões brancos e negros de forma assustadora àquele ser. Novo ser que modificava minha visão de mundo.
Todos os dias eu pensava nele, em seu jeito e estatura, seus traços, suas curvas... Ele era marcado pelo tempo internamente, no exterior, somente sorrisos a contemplar o hoje, o momento.
Entregava-me a ele sem questionar se algo mais poderia acontecer; só o que me importava era crescermos juntos naqueles pequenos momentos...

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quarta-feira, setembro 9, 2009 - 23:42

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Re: Amor de Rendas

"Me perdoem os poetas
A rima ... o Clima
Mas o que é a vida
Se não a inspiração
Contida ... retida
No ser eterno do nada
Tudo etereo ... eter
Ópio do ser ... do nada.

Amei teu amor, teu tdo. Bjs com carinho

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