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estatuto
"... havia apenas um silêncio todo ele verde formado por árvores frondosas, um cheiro a erva, a pinheiro, a eucalipto e o marulhar de um riacho com o bater compassado da água nas pedras soltas do seu leito... o silêncio também tinha asas; eram os pássaros que não distingo as espécies, um milhafre e quem sabe talvez uma águia... era um silêncio que também possuia a qualidade de ser tocado, bastava para isso, abrir os braços e inspirar fundo a plenos pulmões e sentir o seu abraço dentro do corpo beijando a alma... era um silêncio feliz porque me fazia sorrir e cerrar os olhos para o ouvir... um silêncio que também se via mesmo sem o olhar... o silêncio puro, alvo, cristalino, todo ele formado de muitas coisas que o tornavam único... tê-lo ali comigo era uma espécie de bênção e senti-lo ainda me provocava mais prazer... deixei-me ficar, ali nele deitado a usufruir a sua existência... de olhos fechados sabia-me fazer parte dele... senti-o penetrar-me devagar com suavidade e deixei-me embalar numa canção sem acordes mas que me deixavam perceber o porquê de tudo... ali, uma só molécula e eu fazia parte dela... um só mundo... um só ser... o sagrado estatuto de viver..."
Joaquim Nogueira
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Comentários
Re: estatuto
Texto bem escrito, bem enquadrado no tema!
:-)
Re: estatuto
Eu sou caminheiro... nunca o tinha tentado assim, descrever a envolvência, a cativa liberdade de quando nos perdemos dos barulhos do Homem, da cidade, da sociedade e nos emaranhamos nos santuários da natureza (ainda) pura e sagrada. E já não preciso de me preocupar com esse exercício: já o fizeste com esmerada simplicidade, sensatez e sensibilidade.
Um abraço
Re: estatuto
Andarilhus:
...obrigado pelas tuas amáveis palavras
...um abraço