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Fénix

Quando a dor apertar e eu já não conseguir aguentá-la, partirei em busca de ti numa outra vida, num outro corpo, com o mesmo brilho de amor por ti no meu olhar, tu saberás quem sou morrerei e renascerei como uma Fénix, pois eu sou tua e tu és meu, cúmplices um do outro, só eu e tu, na nossa bolha.
Espera por mim, não chores eu vou voltar…….

 


Capitulo I
Bianca a Mulher

Os seus fios de cabelo doirado, em forma de caracol largo, como se fosse um pequeno anjo, baloiçavam de um lado para o outro, á medida que se movia elegantemente pelo grande jardim colorido e perfumado pelas rosas que ali respiravam, do trabalhado e grandioso Palacete dos Cortez.
Pele branca e macia como seda, lábios carmim, faces rosadas, Bianca era o ser mais perfeito que Duarte tivera conhecido, a sua beleza era tal que ofuscava todo o resto em seu redor.
A última vez que ele a tinha visto, ela contava 10 anos e Duarte 30 anos, a menina doce e pura que ele tantas vezes vira correr por entre aqueles jardins fora, crescera e tornara-se mulher, uma mulher, pura, doce mas com algo mais, algo que o atraía como se fosse um íman e o puxava com toda a força, de uma forma sobrenatural que nem ele próprio conhecia.
-Duarte!
-……………
-Duarte!
- Sim, mamã desculpa.
-Bela a pequena dos Cortez não? (Dirigindo-se até a janela onde Duarte estava).
- Cresceu… Que idade tem?
- Completa 23 a semana que vem.
- Cresceu….Muito mesmo….
Duarte ficara a pensar, passaram dez anos desde a última vez que vira aquela criança brincar e agora dá de caras com uma mulher que qualquer homem desejaria ter.
Ele sentia-se incomodado por pensar assim, não era correcto, tinha idade para ser pai dela, andou com ela ao colo, mas ao mesmo tempo o coração dele batia, batia intensamente a cada vez que olhava aquele rosto, aquela silhueta, esbelta, torneada, perfeita, que lhe fazia crescer um desejo que só ele conhecia, desejo de a tomar em seus braços e tê-la, o desejo de um homem por uma mulher.
Duarte queria senti-la mais de perto, ele apenas a via da janela do seu quarto, desejava conhecer a nova Bianca, a Bianca mulher, sentir o seu perfume, que com certeza seria a rosas por todo o tempo que ali passava no jardim lendo, bordando, tocando partituras de Beethoven, Mozart e Choupin no seu delicado violino. Queria ouvir a voz dela saber se era tão doce e afinada como o som daquele violino, saber como era, sabia que não era correcto mas queria apenas matar a curiosidade.
-Mamã, vou sair!
-Duarte espera, onde vais filho?
-Ver o que mais mudou por aqui. Não sei a que horas volto! Duarte era um homem de estrutura alta, com pele e rosto aparentemente jovem bastante jovem para a idade que tinha, tratava a sua mãe como sempre tratou por mamã o que mostra a grande ligação que há entre os dois, pele clara, cabelo castanho claro, quase aloirado, charmoso, elegante, envergava normalmente um casaco preto, cartola, sapato preto calça e colete preto, cinzento ou de outra cor sempre em tom escuro, com camisa branca, botões de punho e um relógio de bolso.
A sua relação com a mãe era de uma grande ligação, de cordão umbilical, o seu pai tivera morrido há vários anos atrás.
A sua delicadeza era notável, na forma de andar, de falar, de olhar, tudo nele era pura sedução, sedução natural, daquela a qual nenhuma mulher inevitavelmente consegue resistir, solteirão apenas preocupado em viver a vida e com o seu trabalho, prender-se estava fora de questão gostava imenso da sua liberdade e da sua vida boémia de diversão, pelo menos até ao momento em que vira de novo Bianca.
Ele saíra na esperança de conseguir pelo menos, ver um pouco mais de perto Bianca, o que não fora demasiado difícil para ele, pois ao sair do portão de sua casa, Bianca estava no preciso momento a sair pelo grande portão negro em ferro trabalhado do seu palacete, fazendo-se acompanhar pela sua também bela mãe, mas para sua tristeza ela não o vir.
-Talvez já nem se lembre de mim, por isso não me reconheceu.(Pensou Duarte).
As duas iam á modelista escolher o vestido para o baile de aniversário da Jovem, próximo Sábado dia 11 de Maio.
Rosália, mãe de Bianca, avistara Duarte e acenara-lhe com a mão como sinal de comprimento, entraram as duas para o Coche Milord puxado por dois cavalos pretos que esperava a sua porta, Duarte pensara que ela o tivesse chamado, na esperança de poder estar mais próximo da Jovem Bianca, o que não aconteceu para sua tristeza ao velas entrar e partir.
Acabou por se aproximar na mesma até ao portão do palacete assim que o coche saíra, sendo levado a uma viagem ao tempo, recuando no passado. Via agora Bianca correr até si, até ao portão, com a sua aia atrás, entre gritos e risos eufóricos de criança inocente, ela corria até ele sendo tomada em seus braços de uma só vez, tocando-lhe no rosto com as pequeninas mãos de anjo.
-Duarte?! Duarte Mello! Chegas-te, ah, ah, ah, estás de volta amigo.
Duarte fora avistado pelo simpático pai da bela imagem que habitava a sua mente e fazia disparar o seu coração de saudade e curiosidade…
-Gabriel!
-Então, desta vez é para ficar?
-Esperemos o que nos traz o futuro. (Diz sorrindo).
-Como estás, soube que chegarias dentro de semanas, mas não estava a espera que fosse tão cedo, chagas-te numa data óptima!
-Então e a Família?
- Está tudo bem, a Bianca e a Rosália saíram mesmo agora, foram a modelista escolher o vestido para a festa de Bianca, sabes a Bianca não é mais aquela menina que viste pela última vez, completa 23 anos a semana que vem.
- Eu via de relance ainda fiquei na dúvida se era ela, como estava acompanhada com Rosália e vi-a sorrir vi que seria ela com toda a certeza, (o seu sorriso era inconfundível pensou).
-Vais presentear-nos com a tua presença na festa da Bianca não vais Duarte? A Bianca vai adorar!
-Se assim o desejas amigo, sim com toda a certeza que estarei presente.
-Então e que notícias trazes lá de fora? Um jornalista tem sempre coisas para contar!
- Nada de novo….
Caminham ambos pelo esplendoroso jardim, trocando ideias, discutindo política, contando novidades, relembrando momentos passados, entretanto Duarte ouve alguns passos, e olhando para o relógio de bolso apercebe-se que a tarde tinha passado. Apesar de muitos anos terem passado Duarte reconheceu aqueles passos, eram de Bianca e por muito estranho que lhe parecesse aquele era o passo apressado que ele conhecia, não tão leve e curto porém era o mesmo passo que corria em direcção aos seus braços sempre que o via, ao voltar-se ele nem queria acreditar, sim era Bianca, não a pequena Bianca, mas sim a bela Bianca que corria para ele como sempre fazia, Bianca correu, correu como talvez Duarte nunca se tenha apercebido, correu desenfreadamente para os seus braços, num abraço forte, quente, um abraço que ele nunca tinha sentido desta forma, numa mistura de sentimentos, de carinho, amor, adoração, protecção, cuidado... Ele nem queria acreditar.
-Ela recorda-se de mim! (pensou)
-Duarte! (tocando no seu rosto olhando com aqueles olhos penetrantes de menina mulher).
-Bianca! Estás linda miúda!
-Já não sou uma miúda! (ri).
Duarte não se enganara, Bianca tinha um perfume suave a rosas, o toque dos seus lábios carmim era quente e suave, aveludado, o seu cabelo era ainda mais brilhante e macio do que imaginava, todas aquelas sensações deixaram Duarte confuso, que se passava, nunca tivera sentido nada inigualável ao que sentia naquele momento com Bianca por perto.
O seu corpo vibrou com aquele abraço, no seu coração explodiu um turbilhão de sentimentos, não era correcto nada daquilo, mas ele não o controlava, não conseguia controlar todos aqueles sentimentos.
 

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quinta-feira, julho 28, 2011 - 17:19

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