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Farol de Xenon

- Conte com detalhes.

- Eram três. Tenho certeza que trabalhavam no mesmo Banco. Uma trabalhava com os Seguros, a outra na Controladoria e a terceira, que falou, era Sub Gerente e amante do Gerente.

- Como você sabe?

- Pelas roupas. Principalmente porque calçavam meias pretas e sapatos de saltos bem altos.

- Então, o que ela disse?

- Gente, eu não gosto de Carro Popular com farol de Xenon.

- Mas por que isso te irritou?

- Primeiro, porque ele só estava repetindo o que o bobo do amante tinha comentado. Qual mulher deixaria de falar sobre os assuntos que as agradam para repetir essas bobagens de homens incultos, mas que ganham algum dinheiro? E depois, por que eu não posso me conformar que alguém tenha esse tipo de preocupação. Essa superficialidade. Se essa vaca soubesse o que é a vida de verdade, não perderia oxigênio com esse tipo de comentário...

- E então, como foi?

- Eu deveria ter insistido para o T. trazer-me o haloperidol. Eu sei que sem ele "as vozes" não permitem que esse tipo de gente viva.

- E o outro?

- Acho que foi também a falta do haloperidol, mas quando eu pensei que o Iniesta transpira mais que todo mundo, que tem os dedos curtos e grossos e que o Rei dele (imagine, o idiota ainda tinha "Rei" em pleno século XXI) se diverte assassinando elefantes, enquanto o País cai na miséria profunda... mas também é "bem feito", que mandou torturarem os touros nas malditas touradas...

- E agora?

- Terminou o haloperidol de novo e eu vou dar um jeito num certo padre, metido a investigador e analista que adora fazer perguntas...

Obra ficcional. Nomes e circunstâncias que coincidam com a realidade terão sido mera coincidência.

Lettre la art et la culture Fabio Renato Villela

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sábado, dezembro 20, 2014 - 00:40

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