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Filosofia Sem Mistérios - Dicionário Sintético

TRADICIONALISMO e TRADIÇÃO – em sentido genérico o vocábulo “Tradição” significa continuidade, permanência de uma Doutrina, de uma Tese, de hábitos, de valores, de manifestações culturais etc. que são repassados de geração a geração dentro de uma sociedade, ou de um grupo social formado pelos mais variados indivíduos e/ou motivos. Transmissão que pode ser feita de modo formal, cerimonioso, ou mediante ao uso de lendas, artes populares, folclóricas e afins.
No Campo da Filosofia, a doutrina chamada de “Hermenêutica” e postulada por GADAMER (1900/2002, Alemanha) busca recuperar alguma positividade para o Conceito de Tradição, o qual, regularmente, é criticado por ser caracteristicamente ligado ao Conservadorismo*. Criticas que se iniciaram no Iluminismo* e que se fortaleceram através do Racionalismo.
GADAMER argumenta que a “Tradição” só existe por ser cultivada pelos Humanos, o que, por si, comprova o apego (irracional? Sentimental?) do Homem por seus hábitos e valores. Por isso, é um erro supor que a “Tradição” seja inválida. Também é um erro, segundo o filósofo, afirmar que os “valores tradicionais” sejam transmitidos de forma dogmática e sempre a serviço dos interesses da Classe dominante, pois se assim fosse, como explicar a preservação de posturas, pensamentos e atos que são contrários à Elite?
Busca GADAMER comprovar que a aversão do Racionalismo e do Iluminismo pelo Passado, julgando-o sempre negativo é um equivoco resultante de uma indevida generalização, pois ao se “separar o joio do trigo”, ver-se-á que também está nesse Passado (e a salvo do esquecimento justamente pela Tradição conservada) os Princípios e os Valores que serviram de base para esses e outros Sistemas Filosóficos. Ademais, é a Tradição que garante a preservação da Consciência histórica de uma Cultura.
TRADICIONALISMO – é um termo que também é associado com negatividade, significando apego exagerado às Tradições Culturais, Filosóficas e/ou Teológicas. Exagero tal que impede um avanço efetivo no bem estar dos Indivíduos, quer nas suas relações, quer nas relações que mantenham com outros seres. Cite-se como exemplo, dois casos: tradicionalmente ninguém deveria intervir em uma briga de casal, mesmo que um dos cônjuges estivesse sendo espancado. Claro que é uma tradição que a maioria não se ressente em exterminar. Outro aspecto envolvia, por exemplo, a caça. Antes, por tradição, caçadores eram vistos como corajosos heróis. Hoje são taxados, também pela maioria, como desajustados que tentam vingar-se de suas frustrações assassinando seres indefesos. E a lista de tradições que foram e são rompidas, sem que tenham deixado saudade é imensa e não seria necessário nos alongarmos nesse ponto. O “Tradicionalismo” é visto como característica de indivíduos que rejeitam a modernidade cultural, social, resistindo como podem às mudanças que inexoravelmente ocorrem e ocorrerão. E assim procedem por temer que sejam bisonhos ante as novas condições, ou por se locupletarem de vantagens indevidas no sistema presente.
Todavia, é importante ressaltar que a conotação pejorativa dada ao Tradicionalismo refere-se ao exagero funesto como os que foram explicitados acima; e não ao “Tradicionalismo” que preserva a Cultura de um povo, de uma região. Além, é claro, daquele que recupera e preserva as boas reflexões, sentimentos e atitudes que existiram no Passado e que formam o patrimônio que cada geração repassa à que lhe suceder.

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quinta-feira, junho 17, 2010 - 22:42

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fabiovillela

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