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Filosofia Sem Mistérios - Dicionário Sintético

ESPÍRITO, ESPIRITUALISMO e ESPIRITISMO – o termo Espírito é muito utilizado em Filosofia, tanto para referir-se ao sentido vulgar (Espírito de Mortos, dos Ancestrais etc.) quanto para figurar como sinônimo de Alma, ou da Essência de algo, de um SER ou de um acontecimento, de um fato, de uma Doutrina etc.
Para Descartes o Espírito é o Principio do Pensamento. É a base que permite ao Homem o exercício de refletir, de pen-sar; é aquilo que possibilita o Pensamento. É o oposto de Corpo físico, de matéria, ou segundo o próprio, das Exten-sões. Tem como características ou atributos, o fato de ser Indivisível (que não pode ser dividido) e ser Totalizante, ao contrário da matéria que é divisível e, por isso, diversificante.
Para HEGEL, já no campo do Sobrenatural ou Metafísico, o espírito é a “Verdade da Natureza”. É o que “está por detrás” da Natureza material. É a Idéia (ou o Espírito) que atingiu o nível de “Ser-Para-Si”; isto é, o que, após viver e se aprimo-rar como Indivíduo, volta voluntariamente a integrar o “Todo” de onde se desprendeu em certo momento para cumprir as Etapas necessárias à sua Evolução. O Espírito Subjetivo (ou, a Alma Individual, ou a Consciência e os fatos psíquicos do Indi-víduo) vence suas etapas de aprendizado até chegar ao que HEGEL chamou de “Espírito Objetivo (ou seja, o Direito, os Costumes, a Moral)”, que é a Vida em Sociedade, onde seus interesses não podem ser exclusivos, mas adequados aos interesses da Comunidade. Após essa etapa chega ao “Espíri-to Absoluto”, onde tem consciência de que é parte do “Todo” e que os antigos desejos e sentimentos vulgares são desprezíveis e só fazem algum sentido enquanto a inteligência não salta em direção ao Saber mais elevado. São aceitáveis apenas na época em que o Indivíduo precisava “vestir” suas posses para “existir”. Grosso modo e de maneira imprecisa, podemos comparar esse caminho do Espírito com aquilo que acontece com seu *fenômeno, ou seja, com o corpo físico que lhe é relativo.
1. Espírito Subjetivo (ou individual, ou individualista): em certo momento o Homem desprende-se do “Todo” em que estava e após ser gestado chega ao Mundo. É um Indivíduo. E nessa primeira fase exige que tudo seja feito de acordo com seus interesses e desejos. Não tem a menor intenção de se comportar olhando para os interesses dos outros que lhe compartilham o Mun-do; e é, assim, que chora às 03h00 da Madrugada até que lhe atendam.
2. Espírito Objetivo (inserido no Mundo concreto, físico, objetivo regido por normas sociais, pelo Direito, pela Moral etc.) tolhido em seus desejos, o Indivíduo tem que adequá-los à Comunidade. Nessa fase busca “sair de si”, de “seu universo particular” para se integrar ao Grupo. E percebe que posses e poder fazem-no queri-do pelo conjunto e disso resulta seu desejo por bens materiais. Não se preocupa com o bem-estar alheio, mas contém seus ímpetos por temer as conseqüências sociais.
3. Espírito Absoluto através da Arte e da Religião busca chegar à Filosofia, pois as “Coisas do Mundo” já lhe cansaram e ele as sabe inúteis. Busca interiorizar-se para melhor conhecer a si próprio. Vive para Si. E ex-ceto pelo terror atávico que lhe incutiram sobre os terrores do Além Tumulo, busca reintegrar-se ao “To-do”, de onde se desprendeu há 75 anos atrás, através da morte do corpo físico.
Claro que os (as) leitores (as) vão entender que tal exemplo é rudimentar e fictício, mas cremos que possa ser útil para melhor compreensão desse termo que, como dissemos, é recorrente em Filosofia. No capitulo dedicado a HEGEL, abor-daremos o assunto novamente.
Pois bem, vista a questão do Espírito, abordaremos o ESPI-RITISMO. A idéia de que a Alma reencarna diversas vezes, em diversos corpos, é quase tão antiga quanto a Humanida-de. Surgiu na Índia, no Hinduísmo, de onde foi levada para a Grécia pelo filósofo Pitágoras que a vestiu com roupagens adequadas ao Ocidente. Foi encampada por Sócrates e por Platão e se distribuiu em várias Correntes Religiosas, as quais lhe moldaram segundo seus dogmas. No Cristianismo, por exemplo, aceita-se a existência do Espírito, mas não que ele reencarne; no Budismo a aceitação é próxima do original, o Hinduísmo, etc.
Contudo, nos tempos modernos, Espiritismo é o nome próprio de uma Corrente Religiosa defensora da idéia de que o Espírito reencarna tantas vezes (processo que no Hinduísmo é chamado de “Roda da Samsara”) quantas forem necessárias para que ele atinja a Evolução que o libertará desse fardo. E pre-gam, também, que é possível a comunicação dos “Espíritos dos Mortos” com os vivos, através da mediação de um dos integrantes da Religião chamado de Médium, que pode ceder o seu corpo para que o Espírito se materialize (sic) ou para escrever (psicografar) mensagens etc. Também afirmam que os “Espíritos” influenciam, para o Bem e para o Mal, o cotidi-ano dos que estão “encarnados” ou vivos.
Nas religiões Afro-brasileiras, como a Umbanda e o Candom-blé, a essência da crença é similar, porém os métodos são bem diferentes. Nelas, os Espíritos são invocados através de músicas, danças e outros rituais mais ostensivos. Na vertente chamada de Kardecismo, ou Mesa Branca, invocam-se os Espíritos através de concentração, preces e música suave. Em cerimônias bem mais discretas. Todavia, como já se dis-se, malgrado a diferença nos Cultos, todas elas querem esta-belecer contato com os “Espíritos dos Mortos” e deles recebe-rem uma graça, um auxilio, um conselho ou, simplesmente, a certeza de que há vida após a morte. Esse ponto, aliás, é de suma importância para algumas pessoas que perderam entes queridos e buscam nesses Centros Espíritas comunicar-se com os que morreram. Saber-lhes vivos (sic), mesmo que em outra dimensão, ou lugar, conforta-os da dor insuportável que carregam.
Todas as vertentes do Espiritismo, claro, concordam que o Espírito sobrevive ao colapso do corpo e que é possível con-tatá-los. Geralmente descrevem-nos como Seres semi mate-riais, com um corpo mais sutil que o de carne.
Na Corrente chamada de Kardecismo, seus adeptos não gos-tam de serem chamados de religiosos, ou de que sua crença é uma Religião. Preferem que seja chamada de “Sistema Fi-losófico” (sic). E não é raro encontrar dentre eles, quem i-magine e creia que tal “Sistema Filosófico” foi criado por um francês de codinome Alan Kardec, que viveu entre 1803/1869, época em que a crença nos Espíritos virou uma febre mundial.
Em relação ao ESPIRITUALISMO pode-se dizer que é a con-cepção filosófica que coloca em nível mais elevado o Espírito (aqui, como Essência) em relação ao corpo físico, à matéria. Prega que o Espírito ou a Alma, ou a Essência, é uma “coisa” independente do corpo físico, da Natureza física e que por isso não se macula com as imperfeições da matéria; sendo mais puro.

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terça-feira, janeiro 26, 2010 - 19:15

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