Fraqueza.

Todo o ser humano tem a sua fraqueza, quando descobres qual é aquela que se esconde por trás da pessoa que está diante de ti tornas-te o ser dominante. A manipulação é a arma mais poderosa porque não se fazendo sentir é aquela que mais danos causa à vítima.

Primeiro começas por persuadir, se a pessoa é de afectos dás-lhe meia dúzia de clichés lamechas. Se ela for racional, espetas-lhe clichés dedutivos. Se ela ainda não sabe quem é ou te parece ser dona de uma personalidade mais para o artística, clichés misteriosos farão milagres… Se ela for rígida, imitas a sua postura e usas clichés do povo, frases populistas que promovam aquela autoridade que essa pessoa tanto deseja alcançar. Os loucos são os mais fáceis, na verdade só tens de concordar com o que dizem e ganharás um amigo para toda a vida.

E tudo isto se resume a uma só coisa, dares à pessoa com quem estejas nada mais do que aquilo que ela quer ouvir, sentir ou pensar. Notas-lhe a fraqueza e dominas, num jogo chamado de vida, onde as relações são fortalecidas pelos elogios que faças na altura certa, ou pela palavra endereçada no momento mais oportuno. Sim, porque também tens de ter uma exímia capacidade de controlar o timing, ele acrescenta mais realismo à hipocrisia que vomitas.

É um pouco como nos filmes, sabes que nada daquilo é real mas se tiver um argumento divinal e a sua estrutura tiver sido bem conjecturada, sais da frente do ecrã a nado, fazendo mariposa em lágrimas de uma mentira que por momentos te soou a tudo o que conheceste do mundo…