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Processo de quase morte
- Já entendi pelo teu olhar e pelas curvas rectilíneas que dás ao corpo assimiladas pelas novas tecnologias “bio-concept”, que hoje, pelos vistos não estás disposta a conversar. O telefone dá-te sinais e nem os ouves. Deve ter sido o efeito do laser. Estas novas técnicas de depilação, são um meio para atingir as dimensões em tons ultravioletas. Sabes que fiquei a pensar, se não estarás assim, distante de tudo, por causa das depilações. Esses óculos dão-te um ar de extra terrestre, deitada na marquesa, e aquela menina vestida de branco, deixa-me a pensar como serão as intervenções cirúrgicas do futuro. O nosso amigo das naves até já as descreveu, como sendo uma viagem ultra-celular, regeneradora das células bipolares que nos mantêm aprisionadas, ao mundo dos mortos-vivos. Pensando bem, até gostas. A posição horizontal, transforma-te e quando sais desses lugares, pareces mais nova e rejuvenescida. Devias praticar mais essa posição. A outra dá-te um estilo mais homo viril e másculo.
- Nem te ouço nessas tuas divagações. Penso que deves querer juntar o útil ao agradável. Eu aqui a pensar numa forma de me ver livre dele e tu a aguçares-me o desejo.
- Mas repara que nem sempre te falo assim. Só quando vejo que estás a enviar-te para um processo de quase morte. Vives assim meio desconfigurada. Precisas ir ao médico. Nunca mais pedes os exames, para podermos avaliar das tuas precoces invenções no âmbito das novas tecnologias. Ouves vozes que não distingues serem tuas ou minhas, mais pareces uma figura saída de uma banda desenhada.
- Hoje nem te quero ouvir. Desampara-me a loja. Que azar este, não poder contar com ninguém. Assim como assim, estar na posição horizontal, fechar os olhos e imaginar-me numa viagem ao encontro do possível imaginário, já é muito bom. Posso até contar as estrelas da minha varanda escura. Nem sei porque estão sempre as luzes da minha rua apagadas, sempre que vens. Deves ter uma densidade estática, que altera a funcionalidade, dos candeeiros.
- Pensando bem, hoje não estás com um bom ar. Agora que te olho, através do branco do meus olhos, passaste rapidamente do verde para o negro. É verdade, tinha-me esquecido que negros são também os teus olhos. Mas olha que ainda faltam as tulipas brancas. Esqueceste?...
(Cont)
Epifania & Ainafipe
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