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TEATRO : A MÃE DO NOIVO - Gil Bertho Lopes

A MÃE DO NOIVO
RG 0497 - ABEL - Academia Betinense de Letras

(Entra na Igreja uma senhora bastante caricata, que faz um monólogo ao público)
ENXOFROLINA - Ei, companheirada do Arraiá do Afufe-o-fole! Pode afroxá as correia, sortá a barriguinha, e não tenham vergonha de iscancará a guela que é pra mode podê se ri. Eu, particularmente, tô me sintino aperreada, meia lerda, com uma dô do lado isquerdo, que inté me arresorvi consurtá com meu cumpade Bento que é cardologista, que é partêro, eletrecista, psicólico e foguetêro deste lugá. Mais ele me disse uma verdade danada de verdadêra! Me falô o disgramado que eu tô sofreno é de amô. Tem base? Inda mais por quem: Sinfrônio Brochado, aquele zombetêro. Mais num tem base não! Vai daí que isturdia o Vigário da Paróquia me convidô eu pra vim fazê o proclama do enlace matrimoniá do dito cujo. Justo eu, Enxofrolina de Jesus, aquela que seduz, tê que passá por uma humiação dessas. Tem base? Bãos tempos aqueles em que, muitas das vezes, aquele pedaço de mau caminho foi gado do meu pasto. Mais tá bão, sem ressentimento. (Entra o Sacristão)
SACRISTÂO - (Organizando o altar) Larga de prosa, dona Enxofrolina, mais nem na igreja a sinhora num fecha essa matraca? (Cochicha) Micê já viu cumé que tá chiquitícia a dona Bazófia? Tá lá fora num riso só.
ENXOFROLINA - Coitada, andava num desalanto tão grande, procupada com o fio morando fora. Já fazia uns sete ano que Sinfrônio num aparecia por essas banda e agora chega pra casá. Tem base?
SACRISTÂO - Se acomode que já tão entrano os convidado. (Entram os familiares, Convidados, o Padre, escovando uma dentadura)
PADRE - Podem ir se acomodando! Se aproxeguem! Enquanto esperam, quem quiser dar um brio no sapato... (Mostra uma escova de sapato).
ASTROGILDO PERRELA - Chegou em boa hora, Pade Osório, minha butina tá num poeirão! (Escova os sapatos)
SR. TEFLON - (Descalço, com um esparadrapo no dedo do pé) Eu é que num sô besta, minha butina veio num imborná. Dei uma sorte danada, levei um trupicão na estrada, regacei o meu dedão! Já imaginô, Seu Astrogildo Perrela, se tivesse carçado ela, tinha estragado a minha butina nova.
ASTROGILDO - É divera, cumpade Tefron. (Entra D. Bazófia) Dona Bazófia, a sinhora tá um incanto! Aposto uma mula como Sinfrônio vai se orguiá da sinhora!
BAZÓFIA - Num fala assim, senão eu incabulo, seu Perrela! Esse vistido foi meu fio que mandô pra mim... Tô vistosa? Dispois desse tempo todo sem vê ele, tinha que me aprepará bem. Mais continuo achano que essa inda num é a mió idade pra contraí matrimonho. Mais o danado se inrabichô por essa tá americana que mora nos Estados Sumidos! Disse nas carta que é uma muié muito das granfina; de famia prendada; da arta sociedade. Quero tê o prazê de conhecê ela! (Entra Dona Falácia)
FALÁCIA - Cumade Bazófia! (Cumprimentam-se rusticamente) Muié, quê que aconteceu com vosmicê? Num demora vai tá rolano feito uma leitoa. Cê ingordô dimais, sá!
BAZÓFIA - Cê acha mêsss? Nada, são seus óios gordo! E ocê se num pará de tomá aquês remedim pra mode esmagrecê, vai acabá ficano viciada.

FALÁCIA - Que nada! Faiz vinte ano que tomo, inté hoje inda num me viciei!
BAZÒFIA - Ah, intão num vicia mais não.
FALÁCIA - Pade Osório, a sua bença. Queria tê vindo mais cedo, pra mode me confessá. (Cochicha) O tentação bateu na minha porta essa noite de novo. Fui induzida a fazê bubiça. Pequei, pade Osório! Pequei meu sagrado coração de jesuis!( Benze-se) lembra de mim na suas oração, meu santo padre.
PADRE - Vamos parar com essa presepada? Semana passada a senhora veio com essa mesma história. Pois hoje vai ficar sem o meu perdão! Inté aprender a tomar modos, dona Falácia.
FALÁCIA - (Emburrada) Magoei! (Enxofrolina olha para fora, com euforia)
ENXOFROLINA - Tão chegano, gente! A famia da noiva tá todinha lá fora! Cadas madama!... Um povo tudo chique.
BAZÓFIA - Enxofrolina, micê tá me dexano aguniada! Me poupe pelo amô de Deus! Tô sintino uma friage na ispinha, nas intranha... Ah, minha Santa Margarina da escócia!
TEFLON - Não se avexe, criatura! Fique tronquila. Eu vô lá recebe ês. (Sai) Por aqui, Vossas senhorias, por aqui, me acompanhem, faz favô. (Entram a mãe, duas irmãs e o noivo).
BAZÓFIA - Que emoção, minha nossa senhora! Me bilisca, gente! Me bilisca que é pra mim vê que num tô sonhano. (Alguém belisca) Ai! (Para o filho) É ocê, meu mininu?
Vem cá na mamãe! Mais ocê tá um home feito! (Abraça-o)
SINFRÔNIO - Ô, mãe, que sardade! A sinhora tá tão bunita! Dêxa eu presentá minha sogra, dona Azuleide. (Azuleide é uma senhora elegante, delicada, bem arrumada e está usando um vestido azul igual ao de Dona Bazófia) Dona Bazófia, esta é Dona Azuleide. Dona Azuleide, esta é dona Bazófia.
BAZÓFIA - E aí, cumade, tudo nos trinque? (Olha admirada para Azuleide) Mais óia só! Nóis vai se dá muito bem! Nossos gosto é iguarzinho, sua danada! (Dá-lhe um tapa no ombro)
AZULEIDE - (Desconcertada) Pois é! Como vai a senhora?
BAZÒFIA - Não, eu num vô em lugá nenhum, não sinhora! Vô ficá por aqui mess. Hoje é o casamento do meu fio. (Dá-lhe outro tapa) Vem cá, vamo proseá um cadinho... Nossa, a sinhora usa tão pôcas jóia! A sinhora é tão simpres! Vô te dá umas minha, mais dispois do casório a sinhora me devorve.Só tô imprestano, que é herança de famia, sabe como é.
SINFRÔNIO - Gostaro da surpresa? Que tal os vistido?
AZULEIDE - Você não me contou que havia presenteado a sua mãe com um vestido igual ao meu. (Para a filha) E eu que pensava que este modelo era exclusivo, chego aqui e encontro essa jacutinga do sertão usando um igualzinho. Eu vivia dizendo pra sua irmã que ele era um caipira, mas ela nunca me deu ouvidos. Se não fossem as fazendas! Ah, se não fossem as fazendas!
PADRE - Onde está a noiva? Esse casamento sai ou não sai?
BAZÓFIA - Craro que sai, Pade Osório! Intão o sinhô acha que a trabaiêra que eu tive pra prepará os assado, foi in vão?
ASTROGILDO - Os bizerro foi matado inda’gorinha, Pade Osório. Isso sem falá na galinhage, quer dizê, na galinhada que a cumade preparô.
SINFRÔNIO - E os ossinho, mãe, num esqueceu de guardá, né? Se alembra que eu pedi nas carta? BAZÓFIA - Craro, meu fio. Tem um carderão de pé de galinha separadim, só pro cê.
Ou cê achou que eu ia te fazê essa disfeita?
AZULEIDE - (Pensando alto) Mas isso é o cúmulo. Onde é que nós estamos, meu Deus?
BAZÓFIA - Nóis tá no Arraiá do Afufe-o-fole, dona Azulada!
SINFRÔNIO - Azuleide, mamãe!
BAZÓFIA - Discurpa o meu distraimento.
SINFRÔNIO - Distração, mamãe!
BAZÒFIA - Mais será impussive? Ocê inda num perdeu essa mania inté hoje? (Puxa-lhe a orelha) Não me correge nas frente das pessoa.
PADRE - De pé, para recebermos a noiva! (Ouve-se a marcha nupcial)
BAZÓFIA - (Grita) Ispera, Pade! (Cessa a música) Tá fartano o retratista... e o filmadô tamém. E as frô? Cadê as frô, cumade Falácia?
FALÁCIA - Intão achô que eu ia se isquecê? Já inté botei na penêra. (Mostra. Bazófia apanha, espalha pelo caminho da noiva.)
BAZÓFIA - Já vi isso num firme... achei tão romântico! E dizem que dá sorte.
TEFLON - (Olhando para trás) Os registradô acabaro de adentrá no recinto da igreja. Pode cumeçá a cerimonha, Seu Pade. (Retornam a música - Entra a noiva)
BAZÓFIA - Meu fio, ocê acertô na sorte grande! Parece uma princesa!... a Leide Daia. Mais ela é de uma bunitância fora do comum!
ASTROGILDO - Que belezura, parece um anjo! (Sacristão cochila chupando o dedo. O padre apanha uma bíblia que está cheia de talco e ao bater o pó, alguns dos convidados espirram.)
FALÁCIA - Leite de Maria tem podê! Há quanto tempo o sinhô num abre esse missal, seu Pade?
PADRE - Faz anos que não temos um casamento por aqui, minha filha.
BAZÒFIA - É, mais a faxinêra eu vi saino daqui onte já era mais de meia-noite.
FALÀCIA - Coitada, vai vê num teve tempo!...
PADRE - (Para o Sacristão)Traz pra mim, meu filho, um quilo de sal grosso pra eu purificá a língua dessa infeliz... Vou enviar pessoalmente um e-mail pro inferno, encaminhando essa alma pra arder na ardência do purgatório.
BAZÓFIA - Credo em cruiz, Pade! Chego a ficá pinicano! Num carece fazê isso não. Já num tá mais aqui quem falô. (Os noivos ficam de frente um para o outro)
PADRE - Meus caros irmãos, são sete os sacramentos da santa madre igreja. Um deles é este que vamos presenciar agora: O sacramento do matrimônio, onde homem e mulher se unem, de acordo com os preceitos da sagrada família. Esses jovens que aqui estão, vão assumir um compromisso para o resto de suas vidas... Senhor Sinfrônio Brochado de Calcanhar Rachado, aceita a senhorita Valquévia Extraburguer Delamicion como sua esposa legítima?
BAZÒFIA - (Para Azuleide) Pera aí, cumade, quando sua fia nasceu a sinhora divia de tá com uma fome danada, hein? Tinha que colocá nome de sanduíche na pobrezinha?
AZULEIDE - O que é isso, sua mocoronga? Por acaso não lê as colunas sociais? Pois fique a senhora sabendo que Extraburguer Delamicion é sobrenome herdado da família Di... (Enxofrolina corta)
ENXOFROLINA - Dinossauro!
IRMÃ DA NOIVA - Dinamarquesa, estrupício! PADRE - Ora, contenham-se! Aqui não é lugar para discussões. Sr. Sinfrônio, diga logo que aceita e vamo-que-vamo que esta cerimônia já se faz por demais prolongada.
SINFRÔNIO - Falô e disse! Vamo ligêro, seu Padre, o sinhô já tem o meu sim.
PADRE - Muito bem. Senhorita Valquévia Extraburguer Delamicion, aceita Sinfrônio Brochado de Calcanhar Rachado como seu esposo legítimo?
AZULEIDE - Sim, Padre, ela aceita. Não é, minha filhinha?
BAZÓFIA - Ih, esse trem tá isquisito!
PADRE - Então repita comigo, meu filho: Eu, Sinfrônio Brochado, prometo aceitar, respeitar amar e estar do lado dela na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, todos os dias da minha vida, até que a morte nos separe.
SINFRÔNIO - Eu, Sinfrônio Brochado, prometo aceitá ela, respeitá, amá e está do lado dela na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, todos os dia da minha vida, inté que a morte nos assepare.
PADRE - Agora você, minha filha: Eu, Valquévia extraburguer...
AZULEIDE - Ela, Valquévia...
BAZÓFIA - Desse jeito num vai não, Pade Osório. O meu fio tá casano é com a fia ou com a sogra? Po-po-pode pará! Vamo cumeçá tudo de novo. Licença! (Empurra o padre, fala à noiva) Senhorita Val... Val... Ah, é ocê mess. Aceita o meu Sinfrônio como seu isposo? (Depois de alguns instantes a noiva espirra e dá o Sim)
NOIVA - AhhhhhSim!
SINFRÔNIO - Calma, mãezinha, me deixa expricá.
BAZÓFIA - Agora disimbucha e fala o que o Pade mandô.
VALQUÈVIA - (Gaguejando) EEEEu, Val...Val...qqqévia, Ex...Ex...Extraburguer DDD...Delamicion, prrrrromemeto acei... acei... aceitar, rrrrespeitar, amamar e estar do llllado dele...
TEFLON - Fugiu da Iscola, minha fia?
ASTROGILDO - Micê num tá veno que a moça tem a língua pregada?
ENXOFROLINA - É gagá-gueira mesmo, gente! Que pena, tão bunita, mais num pode abri a boca!
PADRE - Mas será possível? Isso é preconceito!Vai ter que pagar penitência, dona Enxofrolina. E o senhor também, seu Teflon. Que mal existe em alguém sofrer de gagueira? Mais respeito aqui na Paróquia! Perdão, continue, minha filha.
VALQUÉVIA - Aonde é que eu estava mesmo?
BAZÓFIA - Uai! Alavancô, minha formosura?
SINFRÔNIO - É isso que eu queria expricá, mãezinha. Num é sempre que ela tem esse pobrema não, só de manhã, de tarde e de noite e de madrugadinha!
BAZÓFIA - Ah, bão! Inté assustei, meu meninu!
PADRE - Vamos prosseguir: Estar do lado dele...
VALQUÈVIA - EEEstar do lllado dddele, na sa... na sa...na saúde e na doençççça, na rrrriqueza e na popopobreza, todos os dias de mimiminha vvvida, até que a mamamorte nos sassepare. (Todos estão cochilando e roncando, exceto o Padre e a mãe da Noiva.)
PADRE - (Despertando a todos) Muito bem! Antes da entrega das alianças, eu gostaria de saber se tem alguém que é contra este casamento. Se tiver, eu peço que fale agora ou se cale para sempre.
(Entra um mascate com mercadorias penduradas nas barbatanas de um guarda-chuva aberto, como: Aparelhos de barbear descartáveis, desodorantes, escova de cabelo, sandália, óculos, bijuterias; um carrinho de compras, cheio de objetos como: sapatos, brinquedos, verduras, caixa de leite, boné, cueca, livros, enfeites para casa, panelas, caixa de sabão em pó, roupas, colares, balões coloridos... invadindo o altar)

MASCATE -(Num alto-falante) Alô, gentarada! Venham ver quanta variedade eu trago aqui! Vamos comprá, pessoá! E trocá pintinho amarelinho! Pintinho jóia! Traga sua garrafa, traga seu alumínio... E mostrá minha competença, conserto o seu fogão a gás! (Causa grande euforia em todos, exceto na família de Azuleide e no Padre. Todos querem experimentar, provar, comprar... bagunça total. Até que o Padre resolve calar todo mundo)
PADRE - Paaaaaaaaaarem! (Todos se calam, estáticos) Junte essa bugiganga toda e ponha-se daqui pra fora, seu mascate ordinário! Vá colocar sua feira em outra freguesia, não aqui na minha igreja.
MASCATE - Logo o sinhô, seu vigaro, que tem um coração tão grande?
PADRE - Minha paciência tem limites, minha gente! Já tô de saco cheio desse casamento. Chispa daqui, ou eu mando um fiscal te pegar. Xô! Desinfeta! (O Mascate recolhe tudo, sai de mansinho, cabisbaixo, ao dar a última olhada o povo se manifesta)
TODOS - (Em coro) Ispera a gente lá fora, Seu Mascate! (Ele abre um sorriso, faz um sinal com o polegar)
PADRE - Agora, quero todo mundo concentrado, no mais absoluto silêncio. Depois de tanto fuzué, eu os declaro Marido e Mulher. Em nome do pai, da mãe (Cantando) e lua-de-mel no Espírito Santo!
TODOS -Neném! FIM

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quinta-feira, outubro 22, 2009 - 02:47

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