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Toques indiscretos
Não eram apenas dois corpos que se encontravam finalmente confinados no mesmo espaço físico e fechado por paredes mas sim um desejo único e bilateral que finalmente encontrava meios de se libertar do espírito e ganhar asas nas curvas da carne.
Foi um olhar mais profundo que todos os anteriores que te fez morder o lábio daquele modo tão doce e delicado e fez disparar em mim mais um batimento cardíaco que aquele que era esperado, os meus dedos cerraram-se então sobre o ar quente daquela habitação onde o espaço não importava.
Um pé moveu-se na minha direcção e outro pé se moveu na tua
Fui mais rápido e mais forte que tu, encostando-te à parede mais próxima sem te aperceberes de como o meu peito fazia pressão no teu e discretamente as minhas mãos pousavam sobre as curvas da tua anca, com os meus polegares apontando para o teu ventre proibido até então pela distancia.
A minha boca maliciosa aproximou-se demais da tua por apenas meio segundo mas não fui mais capaz de a retrair, ficando a meros milímetros do teu hálito suave e do teu sopro nervoso, seguindo com os olhos cada movimento dos teus, olhando-te no fundo do ser e esperando uma reacção inesperada. É o momento em que os meus dedos se arrastam pela tua pele e levam na frente aquele pedaço da tua camisola, expondo ao ar e à minha pele as curvas sibilantes que se estendem dos teus seios ao teu ventre.
A camisola acaba por sair sem pensamento que a acompanhe e a proximidade dos lábios ardentes é insignificante, desaparecendo, numa quase união de bocas cheias de desejo. Por não teres nada vestido para alem da camisola no teu tronco, todo este se revela para mim e para as minhas mãos que trepam até aos cumes dos teus seios, que nos meus dedos ficam escondidos mas não seguros e sabendo que o sentirás, faço pressão contra o teu ventre com o meu… para saberes… que sim… é o que pensas…
As mãos irrequietas do poeta descem por ti e encontram de novo a barreira abotoada de ganga mas impressões digitais ficam marcadas pelo abafado estalar de um botão que se solta… e outro… e outro… e os polegares fortes que penetram naquele espaço entre e pele e linhas de algodão arrastam na sua frente, descendo, tudo o que encontram no caminho. Os teus pés não precisam de roupa e livram-se de tudo o que lhe caiu em cima… e eu posso contemplar todo o teu corpo, na sua essência e luz natural, com as curvas e as sombras mais apetecíveis e os tons mais cremosos que a visão permite.
Penso que aprecias o momento de vislumbre delicado e discreto em que não perco tempo com observação e recupero a tua atenção abraçando-te e descendo lenta e suavemente as mãos pelas tuas costas. Encostando-te a mim para que não fujas e passando a minha língua de modo doce pelos teus lábios semicerrados…
Os teus olhos, que quase gritam e tu tremes a cada passo dos meus dedos pelo caminho que leva à tua virilha, parecendo que sabes o que te vai acontecer e por isso queres fugir, mas tanto a parede como o meu corpo são mais fortes que o teu medo e ao primeiro toque toda a duvida se transforma em fino fumo. O toque suave e prolongado de uma mão estranha num momento de lábios molhados sobre pele quente do teu pescoço faz-te fechar os olhos tremulamente e descuidadamente deixas cair a tua testa no meu ombro, respirando sofregamente após aquele sentimento de perda de ar.
Dois dedos mal comportados parecem querer entrar sem pedir licença onde só as tuas mãos alcançavam antes, preparando a sua entrada com delicadezas de ladrão que engana tocando com doçura nos pontos mais meigos.
Não podes evitar, não tens como fugir e deixas o teu corpo projectar-se contra o meu quando enterras as unhas no meu braço. Eu completo a entrada delicada, para depois a repetir com a mesma suavidade… uma e outra vez… acompanhando cada movimento de um beijo ou de dentes que se cravam no teu pescoço.
E digo simplesmente…. “Continuo…?”
Mas antes de te fazer sentir os meus dedos dentro de ti de novo paro um momento para levar as tuas mãos às minhas calças, para sentires o calor do meu corpo e como te desejo… e pergunto sussurrando ao teu ouvido “desapertas-me as calças…?” seguido de um doce beijo abaixo da orelha no teu pescoço quente.
Sinto que as tuas mãos tremem enquanto olhas para baixo e reparas que ao abrir aquelas calças de ganga pretas, nada se encontra por baixo, revelando mais do que tu estavas preparada para ver, pousas então as mãos na minha barriga ao mesmo tempo que me beijas para desviar a minha atenção do teu nervosismo. Mordo-te o lábio em tom de sarcasmo por achar engraçado o teu modo delicado de menina e o teu nervosismo inexperiente. Tento então acalmar-te pondo uma mão à tua volta, nas tuas costas, e fazendo carícias no teu cabelo com a outra enquanto encosto a minha testa à tua sorrindo para ti…
Deixo cair sem destino as minhas calças que ao chegarem aos meus pés atiro longe e encosto-me a ti para que sintas o quanto, quão quente me encontro, e do tamanho do desejo. A minha mão quebra então o silencio dos gestos discretos e volta a tocar-te descaradamente apesar de o fazer lentamente, para que sintas de novo que os meus dedos se apoderam do teu interior e que agora o fazem com mais força, indo mais fundo, e mais rápido que anteriormente.
Seguro o teu pescoço delicado entre os meus dedos sem fazer força e mordo-te os lábios com luxúria, depois a mão forte desce para o teu peito e agarra o teu seio sem qualquer medo, colocando entre os meus dedos grossos o teu mamilo para depois o prender entre os meus lábios molhados, sem deixar de te fazer sentir a magia da minha mão irrequieta, que te possui.
Então digo baixinho ao teu ouvido… de modo sádico… enquanto paro de mexer as duas mãos… “ diz que me queres…” para logo te deixar naquela sede e fome de sentir… com a promessa de voltar um dia para te atormentar de novo…
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Comentários
Re: Toques indiscretos
Devido a problemas informáticos, não consegui comentar ontem!
Tenho que dizer que fiquei presa à leitura do inicio ao fim, somente não esperava deste repentino e inesperado fim!
Tenho que te dar os parabéns pela perfeita descrição, porque realmente está muito muito bem feita... Favorito nele!!!
Por ultimo, acho que está muito bem dedicado!
Beijinho com um pedido de que continues a escrever neste registo...
Re: Toques indiscretos
"Dedicado às mulheres que perderam a sua inocencia sem a magia do carinho, com a paciencia do homem certo... no momento adequado..."
Obrigada :-)
Bjs
I