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Truco
Eu tinha meus 17 anos quando conheci uma linda moça, era a mais bela do bairro, mas seus pais não concor- davam muito com nosso namoro e começamos a namorar escondido e ela tinha um irmão casado, chamando Val- demar que a protegia, ficou mais fácil ele aceitava e deixava a gente namorar na casa dele.
Aquilo para mim era o melhor negocio, ele começou a me chamar de cunhado, já tinha a liberdade na sua casa. Lembro ate hoje, começava o carnaval era uma sexta feira, cheguei ao portão da casa do meu cunha- do, estava me esperando com um lindo sorriso minha Princesinha e disse:
- Meu irmão quer falar com você. Aquilo me estremeceu por dentro, mas já estava lá e não podia correr, entrei meio ressabiado, ele estava sentado em uma cadeira na cozinha.
- Cunhado você ta sabendo o que vai acontecer amanha na cidade?
- Eu não sei de nada, o que vai acontecer?
- amanha tem um torneio de truco e eu quero partici- par, não tenho parceiro e você será o meu novo par- ceiro.
- Mais aliviado consegui respirar, com um sorriso expliquei que não era bom no jogo, mas seria seu parceiro, ele disse que não estava preocupado em ganhar só queria participar.
No sábado bem cedo eu fui à casa do Valdemar ele já estava pronto e fomos ate o local do jogo fazer a inscrição, feita pegamos o nosso número e fomos andar pelo local e ver as duplas que jogariam, não demo- rou muito alguém bateu nas costas do Valdemar com ar de sátira falando que tinha patinhos na lagoa. Era seu colega conhecido como perna, era um sujeito sorridente muito alegre e brincalhão, seu apelido perna não demorou em descobrir o porquê, ele tinha uma deficiência em uma perna, era mais curta do que a outra e andava assim, deixa que eu chuto, mas aquilo não o atrapalhava em nada.
Valdemar perguntou quem era seu parceiro, e com um sorriso ele respondeu:
- Olha lá meu parceiro você conhece, é o Tião, nos vamos ganha esse premio.
O Tião era um moreno, era quieto, mas tinha um sorri- so branco e não brincava muito, chegou conversou com o Valdemar, mas de uma maneira seria.
Não demorou muito os organizadores chamou todos para dentro para começar o jogo.
Ali sentaram todos, tinha muito jogador, e foram se eliminando ate as oitavas de finais, eu e o Valdemar conseguimos chegar, olhei para o lado em outra mesa estava o Tião e o perna, parecia que eles queriam o premio do jogo.
Fomos para as quartas e o Tião e o perna também, chegamos a final com eles, sentamos em uma mesa o juiz fez seu sermão e começou a aquela decisão, o premio em dinheiro era tentador e tinha um troféu para primeiro e segundo lugar.
A primeira mão o Tião e o perna ganharam, o jogo tinha sumido da nossa mão, as cartas não vinham, mas o jogo deles também não eram dos melhores.
A segunda mão estávamos perdendo de nove a seis, o Valdemar olhava para mim com desanimo e o perna era o mão do baralho, tinha saído com sete de espadas e sete copas e Tião tinha um três, Valdemar era pé do baralho e tinha sete ouros, eu estava de zap na tra- vessa, o perna não tinha muita opção em sair jogou sete de espadas, eu dei sinal para o Valdemar que não tinha nada deixando o perna ver meu sinal uma arma- dinha que ele caiu,
O Valdemar mandou tornar, ele deixou para o Tião fechar com seu três e trucou encima do Valdemar, o coitado pensou que estava sozinho no jogo, me olhou, eu só dei um sorriso que podia chamar e ele mandou o Tião jogar, abriu e colocou a outra carta no monte, o perna sorriu confiante era final da partida e jogou o sete copas, eu fiz uma encenação olhei para os tentos para seu sete copas e mandei seis, ele pensou que eu estava roubando por que o jogo já estava perdido e chamou ali ate o juiz não acreditou que eu tinha o zap ganhamos e fomos para a terceira mão. Meu cunhado sorriu aliviado ele também não acreditou que eu tinha cartas para ganhar aquele jogo.
Naterceirta mão jogo sumiu dos dois lados, foi conse- guido de um em um ate onze a onze,
Tinha muita gente assistindo, todos queriam saber que era o vencedor.
Onze a onze o perna era o pé do baralho eu jogava de mão não tinha mania no jogo, a vira era quatro, o Valdemar deu sinal de As eu tinha um três e joguei ele era nossa maior carta, o perna não tinha mais que um três empatou, mostrei minha maior uma dama, o Tião mostrou um As, era uma carta que podia dar a vitoria aos dois mas o Valdemar mostrou seu As empatando a segunda, aquilo parecia loucura no jogo, a terceira eu não tinha nada o Tião também não tinha carta o Valdemar jogou sua ultima carta um valete e paus, aquela carta ganhava o jogo, o perna sorriu como ganhador, tinha um valete de espadas, aquilo foi vitoria para todos.
O juiz já mandou começar a mão para acabar e saber quem ganhava o premio, o Tião disse para o perna, antes um na mão do que dois voando, de deu idéia de rachar o premio e não disputar mais nada, eu con- cordei era um bom dinheiro o Valdemar também concor- dou, só quem tava assistindo aquela final que não, ate saiu vaia, mas o importante era pegar a parte do dinheiro o troféu o perna já deu idéia de jogar outro dia para saber quem ficaria em primeiro e segundo lugar e assim foi feito.
Fomos para a casa do Valdemar e lá o perna começou a provocar falando que eles eram os melhores, o Valde- mar queria marcar em sua casa o jogo para a outra sexta feira, sua mulher deu a cara, na casa ela não queria bagunça que arrumasse outro lugar para jogar, olhamos para o perna ele saiu fora, que a mulher dele também não deixaria o Tião também não queria proble- mas com sua mulher eu era solteiro não tinha jeito.
O Tião logo arrumou a solução, ele tinha um primo que morava em um sitio ali perto e tinha uma casa vazia, iria falar com seu primo e no domingo daria uma res- posta.
No domingo 9 horas da manha o Tião já estava com tudo arrumado seu primo deixou usar a casa, ali o Valdemar já arrumou um mesa para levar o perna tinha umas ca- deiras e era ir dar uma geral na casa e pronto. A mu- lher do Valdemar questionou que começaria a quaresma para que nos não jogássemos deixasse para outro mês, mas o Valdemar disse que era só um jogo de cartas e não teria problema nenhum.
Eu estava com eles e não podia fazer nada, depois do almoço colocamos tudo em cima de carrinho de animal e fomos limpar a casa, era perto da cidade dois quilô- metros em uma estrada de terra, depois entrava em um pasto mais uns quinhentos metros, chegava a casa.
Carregamos a mesa e as cadeiras pelo pasto e chegamos ate a casa, ficava do lado de uma pequena mata, era um lugar tranqüilo, parei em frente a porta e fiquei olhando e pensando quem será que morou ali, a casa faltava reboco nas paredes e bem velha, eles entraram na casa e começou a limpar, eu fiquei em pé na porta e olhava, do seu lado esquerdo tinha uma porta era a cozinha tinha um fogão de lenha, na mesma parede no fundo tinha outra porta, era um quarto e do lado di- reito uma janela pequena, tinha uma dobradiça quebra- da e ficava pendurada, suas telhas pretas pela fumaça do fogão de lenha.
Deixamos tudo impecável para o jogo na sexta feira iria jogar a noite toda, assim seriam três sexta feiras para saber quem ficaria com o troféu de prime- iro lugar, seriam somados todos os resultados, para não ter reclamação.
Na sexta seis horas da tarde estávamos na casa do Valdemar para ir jogar, o perna tinha um sacola com quatro copos e uma garrafa de cachaça, isso não podia faltar no jogo, saímos de a pé e fomos para a casa, já estava escurecendo o Tião acendeu o lampião e co- meçamos a jogar, aquele dia o nosso jogo estava ruim, parecia que não tinha como ganhar do perna e do Tião, já era três horas da manha a pinga tinha acabado a muito tempo eu e o Valdemar decidimos dar aquela vito ria para os dois, aquilo foi o pior negocio que fize- mos, os dois começaram achar que eram melhores e as gozações chegavam a irritar, o Valdemar sempre calmo falava que iria ter troco, a semana inteira os dois aproveitaram da nossa derrota para dar risadas. Na próxima sexta fomos para a casa como era combinado, o perna levou duas garrafas de cachaça alegando que uma era pouca, começou o jogo e aquele dia o jogo mudou não era necessário fazer nada tudo acontecia, comecei e devolver as gozações, o Tião estava tão serio que nem os olhos levantava.
Já era umas onze horas a porta estava aberta, o Tião estava de costas para a porta o perna não podia ver o Valdemar estava concentrado em suas cartas, eu vi um sapo entrar ele parou na soleira da porta no meio como se soubesse que ali era o ponto exato, ainda pensei coitado deve estar procurando algum besouro para se alimentar não falei nada para ninguém, eu olhava aquele sapo parecia um cachorro sentado, não fazia nenhum movimento estava estático naquela posi- ção. O perna irritado com o jogo que não vinha na sua mão resolveu apelar para a cachaça, ele pegou a garra fa colocou uma dose em seu copo e virou, depois ofere ceu e todos aceitou uma dose veio ate a mesa colocou nos copos. Eu peguei meu copo e virei e olhei para a porta, o sapo fez como uma criança faz quando não quer uma comida que não gosta, coloca a língua para fora torce o queixo fecha os olhos e fala ecaaaa. Olhei para todos e ainda pensei comigo mesmo será que e tão ruim assim essa pinga, voltei meus olhos para o bichinho ele fechou os dois, olhei para o perna que estava esperando que todos desocupassem os copos e entreguei o meu e ele voltou onde ficava a garrafa colocou mais uma no seu copo e virou goela a baixo, quando veio para sentar viu o coitado do sapo, parou parecia não acreditar que era um sapo e disse para seu parceiro.
- Tião você trouxe sal, então joga nesse sapo e por isso que nos estamos perdendo olha atrás de você.
O Tião olhou assustado, se levantou e foi ate o coi- tado, encaixou sua bota no meio das pernas dianteiras do bichinho e o arremessou para o pasto, se ele nunca tinha voado foi sua primeira vez, ainda bem que a gra ma estava alta e amorteceu sua queda.
Voltamos a jogar, mas o jogo deles daquele momento foi para pior e resolveram dar nos a vitoria.
Aquela semana eles sumiram, na quinta feira o Tião mandou seu menino dar um recado ao Valdemar dizendo que iria jogar e que iria esperar na casa.
Na sexta saímos no horário de costume e fomos para a casa, da estrada já se via a luz do lampião aceso na casa, comentei com o Valdemar que eles estavam marcando o baralho, o Valdemar tirou um novo do bolso e me mostrou, fiquei tranqüilo não teria trapaça no jogo.
Chegamos lá os dois estavam sentados na mesa vestido bleck time, o Tião de camisa branca e calça preta e o perna de calça branca e camisa preta. O perna tinha levado as suas duas garrafas e já nos ofereceu, eu e o Valdemar aceitamos, mas ele só fazia isso para poder beber também e para ele era duas doses, o Tião estava serio, mas ainda fizemos gozações sobre o modo que estava vestido.
O Valdemar sentou-se de costas para a porta, o Tião não queria mais ficar naquele lugar, deu azar aquele sapo em suas costas e ficou de costas para a pequena janela, o perna ficou de costas para a porta da cozi- nha eu fiquei de costas para o fundo da sala.
Antes de começar o jogo o perna trancou a porta a fe- chadura era antiga e ele trouxe da sua casa uma cha- ve, jogo final começou, e as cartas estavam ajudando os dois lados, as partidas estavam equilibradas, já era umas onze e quinze mais ou menos quando se ouve um assovio muito comprido, mas muito longe e o perna já arregalou os olhos e disse:
- Quem esta assoviando?
O Tião já explicou que era algum bicho do mato, cobra ou qualquer coisa assim.
Deu para perceber que o perna era medroso, o Valdemar olhou para mim e com um sorriso deu sinal com os olhos que aquilo não era bicho, eu percebi que ate os grilos pararam de cantar e fiquei quieto e o jogo continuou por mais alguns minutos e o perna estava inquieto e resolveu tomar mais uma, levantou tomou seu trago e trouxe os copos para a mesa e os encheu, todos tomaram em um gole só.
Acabamos aquela partida e o Valdemar estava com o baralho não mão quando aquele assovio ecoou dinovo só que mais perto da casa, os olhos do perna arregala- ram dava para ver só o branco dos seu olhos o Tião nem se fala, o ar daquele lugar ficou gelado, os pe- los do meu braço arrepiou, o Valdemar abaixou a cabe- ça e tentou achar um explicação para aquilo.
- Tião deve ser seu primo aprontando com a gente, ou alguém que sabe que estamos aqui.
O Tião só balançava a cabeça concordando, o Valdemar soltou o jogo dando três cartas para o Tião as minhas três, quando ele jogou as três do perna o assovio foi do lado de fora da janela e antes de acabar já estava em cima da mesa.
O perna caiu com cadeira e tudo, o Tião deu um pulo, mas não tinha espaço e trombou na parede, eu tinha mais espaço mas também cai no chão o Valdemar ficou de pé, e em cima da mesa um negrinho com uma perna só sapateava em cima do baralho, seu cachimbo soltava uma fumaça com cheiro de enxofre e quando ele tragava parecia acender inteiro. O perna saiu de quatro cor- rendo, mas esqueceu que a porta tava trancada e trom- bou e caiu dinovo, quando percebi que eu estava do lado errado, tinha que passar do lado da mesa, olhei a cadeira que estava caída no chão e disse:
- Cadeira nele, o Valdemar gritou para o perna des- tranca a porta e começamos a bater com as cadeiras na mesa tentando acertar aquilo, o negrinho pulava de um canto ao outro da mesa, parecia fazer de capricho pi- sava na ponta sem errar um pulo e seu cachimbo pare- cia pegar fogo, nos três acabamos com as cadeiras sem acertar o negrinho, o perna ainda não tinha consegui- do destrancar a porta eu já tinha passado para o ou- tro lado da sala.
O Valdemar era forte e grande virou-se para a porta e a derrubou no peito eu e o Tião saímos atrás, o perna tinha derrubado a chave no chão e tava tentando pegar o Tião gritou:
- Corre perna que o bicho vai ti pegar. Mas acho que não precisava, não sei por onde ele saiu já estava na minha frente, corria pelo pasto sem olhar para trás, não sei o que assustava mais o que ficou para traz ou ver o perna e o Tião correndo naquele escuro, o perna rodava sua perna no ar para não enroscar no capim, parecia correr em uma só com aquela calça branca e o Tião parecia um fantasma com sua camisa branca, eu só passei na frente do Tião por que ele caiu em um bura- co, eu só vi quando ele sumiu no capim e pulei para não cair.
Ali foi correr e correr ate a estrada, chegamos à es- trada o Valdemar foi o primeiro a chegar foram os qui nhentos metros mais longos que já vi, não ouvia nada nenhuma palavra só as respirações ofegantes e o baru- lho das botas na terra dura.
Paramos para um descanso no primeiro poste da cidade, o coitado do perna ainda tremia e jurou que nunca mais iria jogar truco o Valdemar acompanhou esse jura mento, eu e o Tião não falamos nada e nos tornamos parceiros e ganhamos alguns troféus no jogo, mas só em jogos na luz da cidade, o Tião pediu a seu primo para pegar o lampião não quis voltar na casinha aban- donada, minha namorada hum não deu certo seus pais descobriram nosso namoro escondido e não deixaram mais ela sair de casa, e assim jogo na semana santa jamais.
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