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Verdade nos olhos de outros

A cabeça estoura!
Os olhos fervem a água trépida!
Cai tudo e nada dá sinal de vida.

São estilhaços espalhados,
Rasgados pela falta de delicadeza de sentimentos,
Que acompanham o perpétuo terror.

Medo, susto, receio,
Que vontade há de nos livrar deles
Mas, se não for um susto
Quem nos abre os olhos para lembrar
Que tudo pode acontecer a qualquer instante da vida.
Não há pausas nem momentos de espera,
Apenas acontece.

Se não for aquela vaga preocupação
Seria tudo perfeito,
Mas então, quando saberiamos que algo está errado?
É a cisma de uma opinião falsa que move o pressentimento.

Medo.. medo a toda a hora.
Seja camuflado pelo sorriso
Ou um olhar preocupado
Ele existe.

Digo tudo isto porquê?

Para que umas filosofias te digam o que sentes?

Não, de todo.

Só para te relembrar que o que sentes
É o que eu sinto contigo e não à parte.

Amar não é facil nem difícil, leva tempo.
O tempo que se precisa para criar a imagem que se pretende
Porque na minha razão ninguém conhece ninguém
Mas toda a gente faz o seu saber.

Faço agora apêlo ao teu senso comum.

Cabe a ti obrar essas ideias
Ou imitar superficialidades de outros.
No entanto, se toda a gente se guia pela subjectividade
E te interrogas desse saber profundo
Como se sabe que não segues o aparente de novo?

As coisas só são sólidas e bem fundadas
Com a experiência, essa, só se alcança arriscando.

Porquê estas teorias?
Porquê estas razões?
Porquê o porquê?

Porque tudo segue uma lógica
E cada um segue a sua maneira
Ou tenta compreender ou tenta fingir que não vê.

Digo então:

Se não houver medo
Não há preocupações,
Se não houver preocupações não sabes quando estás a ser enganado.

Se a tua mente quer a verdade
Leva-te ao receio.
O instinto do que há-de suceder.
Não passa de uma suspeitação mas ao menos crias uma vaga noção
E para esclarecê-la propões-te a criar o teu saber
Ou a perder-te num outro que te leva a questionar
Se tens por fim a verdade ou a verdade de outros olhos.

Não quero pensar num final para esta história
Nem felizes, nem tristes,
Nem tão pouco doridos ou com ossos perfurados.

Os meu olhos já são as montanhas dos desertos
Onde abundam Oásis indesejados.
Tenho aspiração tão forte de fazer tudo isto
Praias amenas num mar suave
Tendo-te ao meu lado.

Eu não te posso prometer o mundo se sei que não o tenho
Mas posso estar contigo nele.

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sábado, junho 27, 2009 - 21:49

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kikinhas

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