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Esplêndido... esplêndido

Puxo a cadeira para me sentar
Ouço apenas o silêncio
Lembro-me somente das páginas abertas
Das longas conversas jogadas para o nada.

Estive embaixo das estrelas artificiais
Com amantes da falsidade e do dinheiro...
Bebi como um louco
Fumei apenas um cigarro,
E não deixei de compará-lo
Aos meus famosos charutos.
Aqueles charutos depressivos
Que me deixavam longe da realidade.

Peguei a estrada da curiosidade,
Por isso estou aqui.
Esqueci seu nome e sua voz
E isto não me deixa triste,
Muito pelo contrário,
Estou feliz por ser triste.

As luzes rodam
As mulheres se vendem...
Eu estou pagando por algo
Que não preciso pagar.

O meu mistério tem um preço
E busco olhar sempre compenetrado...
Meus olhos são flechas que penetram
A alma.
Quero atingir seu coração!

Prefiro continuar assim
Esquecido pelo mundo
À deriva no barco da vida.

Mesmo assim você me disse:
O verdadeiro amigo é aquele
Que te fala o que tem de falar.

Olho ao redor e vejo o quanto você
É desejada.
O sexo exala de sua pele
Os homens são abelhas grudando em seu pólen.
Eu só estive cultivando e regando
Suas palavras
Com a água de meus dizeres.

Não culpe o destino ou a vida
Que tanto um como o outro
Sempre te cobrará um preço muito caro...

E tenho dito!

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terça-feira, dezembro 15, 2009 - 21:06

Ministério da Poesia :

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Alcantra

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