"Maço de Poemas" do Worldartfriends. Concorra aqui!

Es o entrelaço
que acaricia o sufoco
do teu cálido leito
envolto de um silencio gritante

Ancoraste a fatiga
da minha alma
num celeste mundo
de intrigas e desavenças

Venenosas desavenças
ordenadas pelo griso de teu olhar
recaidas de súbito
por uma esperança afundada

Caminho pelo abismo vibrante
que me enche o peito
de injurias desmaiadas
num negro ciume

Es o abismo derramado
pelo sonho assombrado
por um momento escravo
de um ardente beijo

Por vezes...

Por vezes sinto-me só!?
Ou estaremos ambos sós!?

Talvez exista alguém que compreenda os meus sentimentos...
Talvez seja eu que não te consigo entender?
Talvez seja eu que não me consigo explicar!

Penso que o “Louco” me vai entender!

Pois a ele ninguém o entende,
e eu sou assim, Louco por ti!

Assumi a minha entrega a ti, até ao fim de mim…

Penso que o “Louco” me vai entender!

Pois a ele ninguém o entende,
e eu sou assim, Louco por ti!

Vivo um amor louco,
como se envolve-se a Vida Eterna na eternidade de nós,
como se o Universo fosse o começo do inicio do fim dos nossos dias,
como se para além do Infinito existe-se mais de nós,
como se o Passado Imortal se repeti-se vezes sem conta,
como um Futuro imenso que quero para Nós,
como…

Talvez exista alguém que compreenda os meus sentimentos...
Talvez seja eu que não te consigo entender?
Talvez seja eu que não me consigo explicar!

Penso que o “Louco” me vai entender!

Pois a ele ninguém o entende,
e eu sou assim, Louco por ti!

Amo-te por tudo o que És!
Amo-te por tudo o que me Dás!
Amo-te simplesmente como o inocente ama o que não sabe!
Amo-te como desconhecer o que é Mal!
Amo-te simplesmente com a força de vida que tenho em mim!
Amo-te como ninguém consegue entender! Nem Tu!

Talvez exista alguém que compreenda os meus sentimentos...
Talvez seja eu que não te consigo entender?
Talvez seja eu que não me consigo explicar!

Por vezes sinto-me só!?
Ou estaremos ambos sós!?

Penso que o “Louco” me vai entender!

Pois a ele ninguém o entende,
e eu sou assim, Louco por ti!

Que mais posso que dizer,
que mais posso eu escrever,
que mais posso eu …

Sei sim, que passaria a minha vida a dizer, a escrever, a …

Que mais posso que dizer,
que mais posso eu escrever,
que mais posso eu …

Quero estar sempre junto de ti, nunca me sentir só…
… é tão bom ter-te ao pé de mim…

Por vezes sinto-me só!?
Ou estaremos ambos sós!?

O Corpo

Ninguém comanda o coração!
A mente sim,
Essa comanda o corpo!

O corpo é uma vida que se transforma em teia.
Os pulmões dominam a respiração
E respiramos!
O coração apodera-se dos batimentos
E simplesmente existimos!
Os músculos apoderam-se das mãos
E fazemos!
Os olhos apoderam-se da alma
E presos ficamos!
As lágrimas conquistam a face
E o sorriso perde terreno,
Fazendo-nos apartar...

O corpo não comanda a vontade
Nem a verdade...
O corpo não chefia a alma,
Apenas carrega-a com voracidade!

Mas o corpo é uma teia com vida!
Um enredo e uma intriga destemida!
Um corpo com uma alma banida
É objecto com a sua existência sugada e perdida!

O corpo não comanda a vontade,
Mas é o corpo que a faz existir!
É o corpo que manda construir
E destruir!
Mas o corpo é uma teia com vida!
Uma matéria que até com alma e existência
Aprende a ferir!

Fernanda Castro

Despedida

Sabia o Tempo que era a despedida,
De mim...
De ti...
Da terra!

A pele era àspera
E o olhar ácido...
O amor abalroava planetas
E amenizava ventos e tempestades.

A chuva caía pela face,
A água escorria pelo corpo,
A roupa pregava-se à pele
E os cabelos esvoaçavam ao vento feroz...

Mas que terra tão feroz!
Adormece a cara,
Aquece o coração!
O Sol arrepia os olhos,
A Lua arde de paixão!

Que ambiente inóspito
É este?
Onde o Homem mata o Homem
E onde o ódio alcança o amor!

Sabia o Tempo que era a despedida...

A Terra gira,
O Mundo morre,
A Vida desfalece,
E nem mesmo assim o Amor prevalece...

Fernanda Castro

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Aqui vai a minha participação :-)

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Voltar Sempre

Gosto quando desfaço o laço
Debaixo o coração em descompasso
Temendo o medo de se perder sem desatar
Os sonhos que vejo esparsos, caídos desse nó
Que desfiz e faço, eterna volta de uma partida
Que antecede a tua chegada em minha vida!
Fica comigo e parte, só na sombra desta imagem
Que volta ao seu começo sempre que apareço
E te chamo os mil nomes da primavera em flor

Em cada um contarei os dias que vivemos
Este amôr!

ENVIADO EM 27/10/O8 1:40

Perda de um filho

Quando a dôr é tão grande,
que dela não vemos limites,
torna-se em raiva,
o coração fica empedrecido.

Apenas ficamos com as últimas imagens,
de algo que não nos conforma,
da saudade gera-se lágrimas,
de um filho que já não volta.

Do ventre da mãe nasceu,
nas mãos um terceiro, morreu,
jamais alguém irá compreender,
a razão do aparecimento deste breu.

As palavras serão de ódio,
reflexo de algo incompreendido,
quem te ouve, querida mãe padecida,
também não compreende quanto estás sofrida.

--
Pedro
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A onda

A onda que cai,
espalha espuma,
leva-nos de encontro,
ao sonhos por um segundo.

Tapa-nos os ouvidos,
fecha os nossos olhos,
ficamos perdidos
entre pequenos zumbidos.

Levantamo-nos,
procuramos o nosso lugar
p'ra ligar o passado,
que foi interrompido
por vagas e remoinhos
salgados e sadios.

--
Pedro

Plena impulsiva

E quero ouvir a Terra,
Quero o céu, quero o luar...
Quero ouvir a tua alma sempre a cantar,
Sentir o arrepio da voz que algeme me berra.

Quero ter o espírito de quem voa,
Percorrer a vida a dançar...
Quero ser chama, o posto de luz que te entoa,
Quando o vento te lança no destino para o ar.

Mas sou a insegurança da tua vida,
Que voa na Terra plena e impulsiva.
Sou o sonho que caiu arremesso de asa partida.

E não deixo de ser a paz que te procura,
Tonta de graças, imaginativa,
E corro ouvindo a alma que me atravessa: Deusa, fresca e pura!

Nem tudo é tristeza

Tristeza só existe na partida:
Quando a alma abdica deste posto,
Quando os olhos se encerram para a vida,
E o pó branco maquilha novo rosto.

Tristeza de se apagar o auge sorriso,
De se paralisar o timbre movimento.
Cobrem-se as flores num novo piso,
E fecha-se o cerco do conhecimento.

Tristeza é a despedida gesticulando palavras meigas,
É sentir a tolerância a afundar-te,
Endurecer-te a carne em pedras leigas.

Tristeza é ver a Terra a levar-te:
Não saber se podes mais voltar,
É ter consciência que entre nós poderás nunca mais germinar!

Anjo perdido

Sou um anjo que pela terra anda perdido.
Tenho asas criadas na imaginação,
Um orgulho que nunca foi vencido,
E um poema no lugar do coração.

Quero escrever numa fronteira
As linhas deste meu soneto.
Quero recitar noite inteira
As filosofias dos fascínios no alto do coreto.

Mas, quanto mais no cume me ponho,
Mais depressa se entontecem as asas deste sonho,
E o poema desaparece.

E eu fico na terra a pensar,
Sem que o destino me apresse,
Enquanto outros anjos já se encontram a voar!

A minha participação com 5 poemas:

Partiste, quando a noite te caía pelos ombros,
Como caem as folhas nas tardes de Outono.
Estou sentado, aqui, nos degraus do amor,
Nesta escada que tantas vezes subimos.
Fechei todas as portas.
Posso agora amar as vítimas,
As que são tristes e sem idade
E olhar-lhes, o cabelo sem brilho,
Os lábios na pele transparente,
O meu reflexo nas suas almas.
Os seus fantasmas tocam-me os braços.
Aproximam-se as sombras
E o sol despenhou-se, agora mesmo, no mar.
Ardem as ondas que as aves guardam
Debaixo do céu e incendeiam-se os barcos.
E também o meu peito.
Partiste assim,
Como partem quase todos,
Como partem as estações e as aves.
Adormeço neste silêncio.
Neste mar que não tem fundo.

______________________________________________________

Ninguém viu os teus olhos
Quando um destino de luas novas
Te mostrou que o sonho era maior
Do que qualquer abismo.
Não reparaste, mas estava, entre as lápides,
Entre os murmúrios e as velas,
Nos altares destruídos.
Espero por ti nas cidades de mármore,
Nas dunas que nascem junto ao mar,
E com a minha mão tocarei a tua face,
Cada tecla negra dos pianos da tua vida,
Para que o escuro dos oceanos
Não se transformem no lamento
Das gaivotas feridas.
A cidade dorme, agora, no teu corpo...
Ninguém viu os meus olhos,
A minha mão que tentava, a cada dia,
Escrever a paz no teu corpo.

______________________________________________________

Nunca saberei do que fugia.
Havia nela uma louca calma
Como a última folha
De uma árvore moribunda.
Ela tinha o cheiro
Que os anjos devem ter.
E, contudo, não existem anjos
Mas eram deles as asas que via em ti
Quando, sentada, choravas
As lágrimas de ninguém
No imenso silêncio.
Prossegue a noite, incansável,
O sorriso de Deus,
A lua (lâmpada dos poetas mortos),
Alguém que escreveu em palavras
A tua ausência.

______________________________________________________

Ensina-me a compor a música da noite.
Nas sombras do vício
Não existem lanternas acesas.
Existem homens a arder.
Secretamente, sonham com o céu.
Solta-se o grito na brisa da tarde cinzenta,
No limiar do corpo.
O corpo nú, solitário, uma morada fria.
Leva-me anjo infernal, cavaleiro dos sonhos,
Dedos nos dedos, ao poema sem versos,
Ao lugar das clepsidras abandonadas.
Posso morrer aqui deitado, frio.
Os archotes do sonho apagados,
Um corpo efémero rasgado pelo vento.
Ao anoitecer serei ilha, vulcão, cântico.
Serei nada.
Tudo se perde para a morte.

______________________________________________________

Nos estuários do teu corpo,
Existe um barco desmantelado,
Um sonho destruído.
O coração a galopar por entre bosques
E exércitos de armas de aço.
O deserto da tua ausência, o abandono dos astros,
Os dias sem ti, levam-me a percorrer
Labirintos de silêncio,
Corredores ondulares de tristeza,
Com esta navalha de solidão
Encostada ao meu peito
O amor é uma serpente adormecida
Nos jardins do mal e, os anjos,
Ao aproximarem-se, fecham os olhos.
Sou uma sombra do que fui.
O meu olhar está mais fundo.
Estas mãos que te tocavam, deixaram de ter vida.
Este corpo que foi teu e que ainda te pertence,
Quase não respira.
As células, os poros, a pele.
Sopra forte este vento que te levou de mim.
Este silêncio mudo e cego, onde desapareceu
A tua sombra, quando a luz se derretia
Por entre nuvens
Tudo em mim morre demasiado lentamente.

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Muito interessante!!!

Rosa Negra

Podia ser Lótus, Papoila, Orquídea
Ou qualquer outra flor a escolher,
Mas foi a maldita Rosa branca
Que acabei por colher.

Seduzido pelo seu esplendor,
Dos seus espinhos me olvidei;
Provocam tanto ardor,
Qual a dor que eu serei.

A força e teimosia de abraçar
O que é belo mas nos faz cortar,
Que fará dor até sangrar...

Sangrar do sangue que nas veias nada
Tornando esta maldita Rosa encarnada.
Dor e prazer se fundem num só
Neste agarrar o ardor sem dó.

Mas continuarei a agarrar
Como uma possessão cega.
E sangro trevas que a vão banhar...
Auxílio! Colhi uma Rosa Negra.