Hoje

Hoje os encantos de Morpheu
Não puderam tecer seus fios
Sobre minha alma.

Ela estava por demais inquieta

Perambulava assim pelo
Manto negro da noite

Encontrei a Lua,
Apesar de cheia e orgulhosa
Com seu cristalino brilho prata
A derramar-se pela escuridão.

Ela parecia aflita,
Um tanto só,
Com um “quê” de tristeza.

Sua tristeza invadiu meu coração
Que parecia compreender sua dor.
Esta noite meu coração
Entoa uma triste e sussurrada canção

A Lua chora ao ouvi-la
O leviatã geme nas profundezas do oceano
O cavaleiro alado das trevas silenciou seus “jamais”
Demônios e potestades calaram diante da dor a dor do amor

Todos os mistérios da mãe Terra
Renderam seus olhares à inconsolável Lua.

Vendo seu luar derramar-se em lágrimas
Não obstante seus ouvidos emudeceram
Perante o choro deste coração.

A tristeza desta pesada alegoria
Só findou com o melancólico
Despertar da “Hora do Vampiro”
Prenunciando a chegada da aurora.

A fuga de todos os habitantes das trevas
Que não sobreviveriam ao fulgor
Apaixonante do sol. Após chorarem
Suas almas em companhia da pobre e rica Lua

Rica de si, cheia de brilho
Pobre de amor