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"O HOMEM..." 4ª história do livro "Estrelas Apagadas"

"O HOMEM..."


O Homem, é uma estrela que não sabe brilhar e então, para se fazer anunciar, chamava a atenção: Divagando; Nas coisas que dizia; como que, especulando; “acabava, sempre, por dizer algo que se podia aproveitar”. Quem o ouvia: Aproveitava e não lhe dizia... Então... Daí o homem falar e não saber o que dizia.
Era um homem normal; de certa forma, especial: Tinha um coração doce, chegando sempre com o aroma das flores. Sorria como as crianças e sonhava abraçar o Pólo-Norte. Sempre imaginava as dificuldades e as batalhas que teria de travar; para conquistar o Pólo. Sempre fechava o punho, cerrava os dentes e invocava de dentro de si a fúria; como um guerreiro ergue seu sangue.
Parecendo que venceu o mundo, subia ao poleiro e acordava antes de a madrugada chegar, que, Aurora, por certo, o iria observar.
O homem gosta de escrever. Mas é antiquado e, então: É o seu prazer. É um anjo desvitalizado: Perdeu as asas; esqueceu-se, quando entrou no corpo e tomou a vida. Agora não é tempo de lembrar, pois, tem ainda muitos pontos, da sua própria vida para vasculhar. O tempo não perdoa e seja o que for: Vai acabar por se mostrar, como tantos... De vergonha repousam na turbulência do caminho; agora é tempo de se bajular. Não sente a culpa de vir ao mundo; diz que não tem culpa de vir ao mundo... Que não sabe... Ou, não quer saber: A cabeça não serve, ainda, para pensar; não quer lembrar. Mas fala: Diz de tudo e de tudo parece saber.
O instinto lhe valia “anjo esquecido” para sobreviver: Onde suas mãos tocavam, ficavam as marcas do seu rosto; como, iluminado: Preparando, diante de si, o caminho. Era o espírito que se antecedia e o trabalho fazia; como os olhos do pastor: Engordando o rebanho.
Assim, o bom homem era conhecido: Todos lhe davam sorrisos; alguns, com patifarias; chegava mesmo a ser mordido: Porque, “podia, simplesmente, casar-se e deixar de sonhar”; mas, era um anjo: De uma ingenuidade límpida, que doía estragar. Todos gostavam da sua companhia, tanto que... O homem era um homem e não um objecto de passatempos, de diversão, ou, um cofre, onde se esconde a aldrabada, ou, um saco embrulhando o interior de um balde com pedal; onde se despejam as frustrações, com uma tampa para tapar. Ou, seria apenas um homem livre! Sonhando... Para não se prender. Que, tudo o que dissessem, o homem não tinha que saber: Sonhava um sonho que, muitos sonhos faziam lembrar; mas, (Pólo-Norte) o homem garantia que um dia viria.
Quando o coração do homem suspirou, subiu-lhe há garganta o desejo, que, sem o saber: Em vibração se transformou. O Universo assistiu a tantos suspiros, tanto que se cansou e resolveu conceder-lhe aquele que, conseguisse transformar o desejo numa obrigação; um pesadelo terno e doce de acabar. A ordem estava numerada, apenas esperava a esperança da ordem da palavra; a voz que recuava, comendo a vibração até ao miolo do coração, para explodir no olhar e, como um rio de lágrimas, toda a boca lavar. Mas, como vai acordar?! Se o homem anda a sonhar! – Muitos deixaram lágrimas nas obras dos seus sonhos... – O homem, sem o saber, ingenuamente pactuou e na sua emoção todo o mundo se calou: Que, um prazer, não tem jeito de acabar...
Pela lotaria! - Pobre-rico – Seria uma morte suave: No topo da conquista; de braços abertos! Talvez: Orando por uma promessa da qual, um dia, se haveria de lembrar e, também, do que é que veio ali fazer; pois que só a vida lhe dava a oportunidade de sentir o vento acariciar-lhe os cabelos; o que ele não gostava; sabia que, lá na frente está um horizonte sem limites, por onde um homem pode viajar e buscar e esperar o presente embrulhado numa camisa-de-forças que o empurram para a loucura das vozes e dos olhos assanhados.
O homem tem controlo: Crava uma palhinha no planeta e começa a sugar-lhe o benefício das suas próprias comodidades... Suga; suga-lhe a seiva; para uma refeição em pratos (louros)! “ – Mas, ele: Está apenas a banquear-se! Porque... O que seria mesmo a calhar: Era um planeta com rodas...
-Mas, para quê? – Pergunta o consciente; Sem resposta é claro; podia ouvir os barulhos dentro de si, em confronto: Ficando natural; falando sobre sempre.
- Umas asas! Era para rachar. – Continuava o homem. – Assim, já andávamos a amamentar a sobrevivência através de palhinhas, às escondidas; que, os outros planetas não queriam por perto das suas galáxias: Os piolhos, que, são pragas parasitas e adoram-se, multiplicam-se...
Tudo seria melhor se as filhas dos homens se soubessem controlar... Quando não: O bastão alastra e... Mais suor derrama a reparação; como ar que enche o pulmão e usurpa do território ocupado
- Bom... De qualquer maneira: Pode, o homem ser o senhor do seu nariz; mas, não é senhor de mais nada; o resto vem e vai pontuado pelas marcas do uso da vida, que lhe valorizam o processo... -: Ao cimo da escadaria do céu, onde as vozes são melodiosas e as suas vibrações, caiem como as estrelas.
Mas o homem não tinha estrelas na sua voz; funcionava apenas, como um carril; para ser rodado por quantas rodas, quanto tamanho... Então, com a voz, o homem começou a fazer de tudo e aprendeu a fazer milagres: Aonde a voz não se levanta: Sempre uma gota, sagrada, mostrava o brilho da voz que se calava e por aí adiante; a voz até chegou a ser palhaçada: De, chegar ao ponto em que, entra e sai e não diz nada. <Muitas vozes sabem como se fazer entender: Arranjam uma linguagem animal; que é dentro do normal... Que, muitos, são os demais... Que, outra coisa só sabem ver, se o animal tiver de comer.
Os corpos fazem faísca e depois já é difícil de conter; mas, o Homem é um mistério e trás consigo o milagre da vida: Um dia golpeou-se-lhe um dedo numa rocha áspera de aresta viva, levou o golpe aos lábios, chupou o sangue e cuspiu-o; lavou a ferida e protegeu-a do frio e das bactérias no quente; ao final de três dias o golpe tinha sarado: Um novo milagre anunciava o sangue sagrado.
O Homem continuou cego porque não soube tirar o algodão dos olhos e; se uma ferida se cura: É porque se cura... A pessoa é normal... É claro que é normal! Mas, será mesmo que é normal?
- Porque é que o cego não consegue ver com os olhos? Não... O cego não consegue ver dos olhos mas consegue ver o milagre que os olhos evitam.
As aparências iludem e, o Homem, no seu desenvolvimento, não tem aparência; ou seja: A sua parecença provém das crianças, aonde a fantasia é explorada pela Vitória do tempo... Há aquelas que nunca deixam de o ser como uma marca para toda a vida; mas, as outras ficam antigas, esquecidas de o ser; sem as aparências que as parecenças têm de esconder.
Depois: Só porque tinha olhos: Descobriu as flores com seus borbotes, como que, enfeitiçando a terra... Gostava de alimentar-se com elas (até que algum as mastigou sem reparar que as suas cores alimentam a contemplação) começou a perfumar-se com explicações espantosas, chamando-lhe: Espionagem industrial! “ Descobriu que os morcegos lançam em voo, graças a secreções glandulares, odores acres; que lhe servem de repelentes para se reconhecerem uns aos outros.
Agora, o Homem parecia uma flor nocturna a furar este código e queria fazer como os Americanos fizeram ao código dos japoneses e começaram, ou, continuaram a utilizar os perfumes, como as flores: Tentando sintetizar cheiros próprios das espécies que quer atrair! Agora, só falta aparecer uma flor do baobá que adopte a posição acelerada a carnívora; que, assim: A morcegáda vem ao baobá e em lugar de comer: É comida. - Ponto final e, de preferência: Parágrafo.
Pois que, o Homem até se sabe controlar; o mal é que o tempo acaba e, em prevenção, o Homem “ perde” ou, dedica o controlo aos homens, que, por vezes, não são assim tanto e abrem os maxilares para poderem alimentar a sua pequenez.
Pronto.
- O Homem continuou a sonhar e, o Homem sonha a obra nasce... Por vezes, o Homem não acredita nos seus sonhos e vai trabalhar para os realizar, mesmo sem saber que, eram mesmo os sonhos, que o levavam a acordar e levantar; para beber um copo de água viva e voltar a deitar-se; para carregar a vida, através... No sono; que o sonho vai acordar.
Assim, sem saber; todas as coisas lhe aconteciam; o Homem pensava e só podia dizer que, a atribulação das suas dificuldades, para realizar o seu sonho; era dedicada a alguma provação; de que, ele: Não chegava a perceber; ou, a saber... Assim como todas as coisas de que o homem nada chegava a saber. “ Talvez fosse apenas o chão, que, por vezes, lhe vinha bater na cabeça!” Ou, as coisas não gostavam das suas mãos. Então, o medo levou-o a esquecer que, o que o contamina, não é o que está fora dele, mas sim o que sai para fora dele. O veneno ficou na sua boca, com o nariz no lugar e o milagre das feridas a acompanhar. Lavou-se muito (e continua a lavar-se) mas, o veneno não pára de incomodar; como um chamariz – acne, que atrai a presa: Ou envenena, ou, transporta para envenenar. Depois a língua parou; os sons continuaram a vibrar e foram morrer abafados no tinir da sineta que os anunciava.
No dia seguinte, o Homem acordou satisfeito: Olhou o nevoeiro, pela janelinha da tenda e este abriu-lhe os braços com uma vénia delicada: Rebentando como um balão de ar; virando-se do avesso, como uma pipoca: Numa explosão de primavera, aonde, as borboletas, planearam suas acrobacias: Debaixo da serenidade de um sol quente, fraco... Doce aroma que lavra os sentidos e lhes oferece o reflexo da vida numa gota de orvalho: Lágrima cristalina, plantada, que a vida poupa na sede avantajada; aonde a flor é profunda e mais cicatrizada; aonde desabrocha a vida do Homem, que planta o seu vaso e volta de novo com vida.
O problema era que, o Homem procurava sempre nos seus sonhos um reino do amor... Mas, parecia o regresso ao ponto de partida: Quando, há três milhões de anos, a vida se reproduzia por geminação e ainda se não tinha inventado a sexualidade; apenas, a fechadura só aceita a sua chave e o órgão feminino do mimulo, “ que se parece com dois lábios abertos” Fecha-se sobre o pólen, dando exactamente a impressão de o engolir para o “digerir”.
O Homem ficava triste; espremia a sua gravata sobre a terra, que não aceitava a germinação. Parecia que estava sozinho e não era em vão que sonhava e gastava sua saliva: Que, se lhe saísse a lotaria... Não sabia! - Se mataria... – Não acreditando que lhe saísse - Subiria até ao topo do mundo e abriria os braços para marcar aquele momento; que lhe levaria toda a vida.
Ninguém acreditava, quando o Universo despejou a ordem sobre o prado; o único que se alimentou, carregou no dorso o peso da palavra e o Homem ficou rico; de tal forma que endoidou; tanto: Tanto o sonho queria realizar, que a realidade para o sonho o mandou: Já não tinha que trabalhar para pagar contas. Ficou igual a ele: Que não sabia fazer mais nada; ele não! – Tinha lá tempo para gastar! – Guardava todo o tempo que podia, numa economia que, nem mesmo o dinheiro podia comprar... Não! Que, cada momento dedicado a si próprio, era como um livro a exercitar a sua mente sobre todos os livros lidos e experimentados.
O Homem repartiu a terra e chamou-lhe (propriedade) engraçado! E se o Homem tivesse um carro – isto, com um pouco mais de imaginação. - <O carro com uma trela no seu dono... Em lugar do homem sair do carro: O carro saia do homem e dirigia-se ao registo para registar o homem como sua propriedade; Que, dali se alimentava, para comer da terra, mesma, como do proprietário>... Quero pensar que... Quero mostrar que, muitas vezes, chamamos (nosso) àquilo a que pertencemos; ter um pedaço de terra não significa que faça parte de nós; a não ser, como o nosso esforço, o nosso suor: Alimente o sangue nele; de resto: Nós somos terra, golfada, que caminha sobre a terra e viaja no vento; como o segredar de um anseio, há ternura secreta da escuridão: Por um canto seguro e um par de braços, para levantar a magia que penetra os telhados da noite calada: Semear sobre o silêncio, a melodia da festa celebrada ao acordar... Sempre aquela festa: O bater do coração.
O Homem rico era a pobreza que nele se observava: Seus encantos estavam escondidos.
- As vozes juntam-se e fazem melodias; cantam alegria em todo o tipo de línguas; não se consegue perceber qual a linhagem que une a linguagem, numa voz que se faz entender; uma luz que nos preenche iluminando o nosso ser... – Um anjo, nunca poderia ser enganado por um simples ser; o anjo, apenas apurava o benefício vindouro e, o resto, que se passasse para atingir a hora em que sua imensidão, para outro caminho o guiasse e, então, da sua vida, permanecia a alegria de percorrer cada jornada, com a caminhada do Homem que vem de volta: Nas mãos vazias, as marcas, ainda, dos seus a deuses, no peito, abraços; sorrindo ao caminho: O esforço; pequenino.

 

FIM
 

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segunda-feira, dezembro 20, 2010 - 02:49

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