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SONHO CÓSMICO

Difícilmente alguém compreenderia
se eu dissesse;
depois de ter afirmado tantas vezes, o contrário,
que em minha vida,
nunca houve solidão de fato!
Na verdade estive sempre imersa
em um fantástico mundo onírico
povoado de deuses, fadas e titãs!
figuras poderosas, míticas,
arquetípicas figuras,
que povoaram sempre
os meus silêncios!
Vivi como quem observa
as cenas que transcorrem
num palco - atentamente!
O palco era a minha alma
e meu sonho, a peça que assistia
olhando apenas para dentro de mim mesma
Estava apaixonada,
estive sempre,
estou ainda
dos seres que falam
cá de dentro,
palavras nem sequer imaginadas
nos mundos lá de fora
de mim'alma!
E houveram vozes tantas
melodias e imagens,
cores e sons,
diversidades e unidades de tons,
matizes,
luzes/sombras,
diálogos/silêncios,
tais e tantos
que eu me bastava
no meu sonho!
E eu chorava enternecida
por tais imagens
com tal encantamento
que experimentava o êxtase
no sofrimento
para descobrir enfim
que eu estivera sempre,
tão deslumbrada
ante o milagre múltiplo
que a vida se mostrava
como um caleidoscópio em movimento,
a mesma imagem sempre diferente
e por ter estado apaixonada por ela,
ela se havia
apaixonado por mim
e brincava em minha alma criança
que tudo queria ver,
tudo tocar, tudo sentir!
Mas então eu não sabia!
Meu Deus, eu não sabia!
Eu nem sequer supunha
que eu soubesse
o segredo da alma do Universo!
Como entender
que só há o vazio
imenso, grande, fértil!?
Silêncio noturno - eternamente debruçado
sobre o meu abismo - plenitude!
Como entender que fui quase Deus
quando me fiz quase nada,
e meu problema, minha maldição
não foi o nada e sim o quase?
É difícil entender
e no entanto,
não foi a alma feita para o entendimento,
ou simplesmente tudo o que existe
coabita em mim - fadas e feras,
Ulisses, Prometeu e Eros
e outros tantos heróis
que nem me atrevo mais
à recordar...
pois somos todos
apenas o sonho cósmico de Deus
em pepétuo desdobramento!

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quinta-feira, dezembro 17, 2009 - 20:03

Ministério da Poesia :

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tajmahal

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