Tão somente eu

Sabes amor, eu queria fazer-te uma carta de amor, daquelas estonteantes de fazer derreter os sentidos e queimar, de tanto amor que emanam nas palavras soltas e alinhadas em modo de frase.
Gostava de ser capaz de desenhar no céu todo o amor que sinto por ti e a leveza que este amor traduz em mim, tal como uma gaivota que cruza o ar e os oceanos batendo graciosamente as suas asas num ritmo despegado e livre. Queria ter o dom de agarrar as estrelas para com elas iluminar as tuas noites e velar pelos teus sonhos.
Fosse eu uma rosa ou outra flor de um jardim e poderias sentir o aroma que emana de mim, mas não, não consigo. Fosse filha do sol e sentirias o meu calor, mas não, não sou.
Fosse companheira da lua e pedia-lhe que enviasse uma pedrinha das suas para guardares contigo….
O quanto eu te amo, é apenas como a água que corre num rio e vai desaguar no mar docemente atraída pela maré. È como o ar que circula em torno de alguém e entra no peito enchendo os pulmões, dando garra, dando força, dando vida…
Não conheço palavras suficientes que sejam capazes de expressar o meu amor, o tamanho do meu sentimento, e nada se me ocorre assim de tão grandioso como o que me fazes nutrir por ti.

Dir-te-ei apenas que o meu amor, é um tesouro delicado que guardo religiosamente no coração, e perante o tamanho deste amor sinto-me pequenina e perco as palavras para te dar.

Amo-te,
Tão somente eu.

Maria Escritos
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