A viagem
A viagem que pergunto ás flores,
os peregrinos e seus segredos.
As ruas ficam desertas, há uma certa nostalgia, faz falta o milagre
das águas nos olhos, o mais puro e verdadeiro milagre dos homens.
A viagem que pergunto ás flores, não pergunto sobre a fé, não quero saber do vento que faz andar os moinhos. As flores não sabem poemas nem equações.
As flores cheiram ao sexo que os homens fazem e todos os homens tem o demorado perfume da procriação.
A viagem que pergunto ás flores quando te aperto as mãos e não consigo fugir.
As ruas ficam desertas, há uma certa nostalgia, uma ferida legitima no corpo.
lobo
Submited by
Sunday, September 25, 2011 - 17:47
Poesia :
- Login to post comments
- 1998 reads
other contents of lobo
Topic | Title | Replies | Views | Last Post | Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Aphorism | Os poetas da chuva | 4 | 1.086 | 05/06/2009 - 22:31 | Portuguese | |
Poesia/Fantasy | História esquimó da criação | 1 | 2.227 | 05/06/2009 - 13:10 | Portuguese | |
Poesia/General | Era uma vez um homem que se chamava preguiça | 1 | 1.528 | 04/30/2009 - 18:33 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Anda alguém a desacertar o relógio do mundo | 2 | 1.868 | 04/28/2009 - 17:50 | Portuguese |
Add comment