O Zé da Rosa

Marta depois da visita a Lisboa,
Estava encantada com a cidade, com o movimento,
Para ela que havia morado tanto tempo na aldeia, aquilo é que era vida boa,
E, por isso, queria mas era apreciar o momento.

Pediu a Américo, para se mudarem para o centro da cidade,
Pois, gostava era de confusão e da azáfama das pessoas.
Ele logo acedeu ao seu pedido, cheio de pressa e vaidade,
Pois, assim mais perto ficaria, do que tinha arranjado, como companhias boas.
 

Mesmo antes de com Marta casar, já Américo andava lá, por aquele lado,
Era conhecido como o Zé da Rosa, pois enganava as moças, com o nome errado.
 

Além disso, dava-lhes logo no primeiro encontro um rosa vermelha,
Para as raparigas pensarem que além de fino, também abonado seria,
Qual artista, qual azelha,
Ele de lábia, de engano e trapaça, tudo sabia.

Diziam as más-línguas, que se não fosse oferta do seu melhor amigo,
Que ele nunca com Marta casaria,
Pois, de quem ele gostava era, de uma outra mulher, de um amor antigo,
E que a essa, ele nunca lhe havia mentido, e que por ela tudo fazia.

Mas, lá quis o destino que fosse assim daquela maneira,
Quis ele que os dois se juntassem,
E que ele parasse de andar sempre a fazer asneira,
Para que os dois se casassem.

Só que as asneiras não parariam por ali,
Ora, era uma viagem de negócios e não vinha a casa, nem de noite, nem de dia,
Ora, era um amigo em apuros e não dormia em casa, nem chegava perto dali,
Américo, desmarcava-se de Marta, tantas vezes, quantas podia.