Encantamento...de pouca dura

Quem os olhava de longe, ou de perto,
Pareciam dois enamorados,
Um com o outro…tolos, pensaríamos de certo,
Pois, nem eles sabiam que seus destinos estavam casados.

Jacinto, tinha simplesmente posto de lado, toda a gente,
Esposa, casa, irmã, cunhado, sobrinha.
O que ele queria mesmo e somente,
Era andar de um lado para o outro, com a sua namoradinha.

Jacinto, estava decidido a pedir a separação,
Pois, naquela penosa e triste situação,
Já não aguentava mais andar,
Pois, enquanto fosse casado, não se permitiria, Maria enganar.

Mesmo loucamente apaixonado,
Jacinto, nunca havia tido nenhum tipo de contacto físico e sexualmente,
Sentia-se bem, sentia um estrondoso desejo por ela, mas tinha-se auto-castrado,
Ainda não era livre, ainda não podia pertencer a ela, totalmente.

Para já, olhar simplesmente para ela, já era o bastante,
Já era suficiente, para sonhar, para lhe alimentar a chama que ardia, no seu peito,
Fechava os olhos, via a imagem dela, parada, quase como se estivesse numa estante,
Cada vez que as suas mãos, aconchegavam as dele, ele tremia, sem jeito.

Tudo aquilo apenas sentira com esta mulher,
Nem com Maria, se lembrara de tal, sentimento,
Tinha havido paixão, por a sua esposa, mas acabara, quando com ela começou a viver,
Havia casado muita depressa, precipitado, talvez até mesmo, levado pelo momento.

Agora sim, havia encontrado, quem realmente,
Gostava, amava, desejava, mesmo sendo uma mulher mais velha, experiente.

Agora sim, sentira que a vida tinha lhe dado uma segunda oportunidade,
Tinha-lhe dado algo, que acreditava ser para a eternidade.