Bala de Canhão
Parece que em tudo o que toco, passo a caco,
Destruo tudo aquilo que me rodeia,
Como se a palavra que broto, acertasse como um taco,
Seja a gente boa, má ou de tuta e meia...
Quero fugir tanto de tal desgraça,
Que me escondo, dentro da minha capa branca,
Que de tão guardada, que já estava, até cheira a traça,
E de que eu já me esquecera, para ser franca...
Flagelo minhas recordações e memórias,
Na expectativa de esquecer tais vivências,
Vida cheia de contos de fadas e mirabolantes histórias,
Gente de pouca dura e variadas latências...
Como posso eu travar, esta luta sozinha,
Se nem força tenho, para pegar em mim,
Como posso voltar a entrar na linha,
Se a vida quis que me criasse assim...
Quero voltar a erguer a cabeça, bem alto,
Subir e descer escadas, no mesmo dia, vezes sem conta,
De um avião em pleno voo picado, dar um mortal salto,
Andar pela cidade, de carro, às voltas, tipo barata tonta.
Quero conseguir fazer o que ainda não foi feito,
Mesmo que toda a gente, diga que não consigo,
Sem paragens, restrições ou defeito,
Quero estar de bem comigo...
Sou uma autêntica bala de canhão,
Que onde acerta, destrói metade e afunda a outra parte,
Só pode comigo, quem tiver rijo coração,
Ou, então....que seja de Marte...
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