Mal m’alembra o futuro.
Mal m’alembra no futuro,
Onde eram os mares, sete,
As velas da lida, o combate,
O luto do cais do frete,
Mal me lembro dessa gente,
Tosca e humilhada, sem nome,
Fardada de mar e fome,
Que fomos e seremos, sois…
Escassos nossos medos,
Duras as mãos e os dedos,
Potentes éramos então,
Aterrávamos impérios,
E imperadores, Bastiões
Caíam, tal capões d’arena,
Amainava-mos os ventos
E os temores dos mastros,
Mal me lembra essa gente,
Velhaca, à minha imagem
D’algum dia, que chamava
Minha e esperança, cabo,
Orienta-me o coração,
Esta gente de um sequestro país
Impaciente, que agora
Não, agora não…
Desgraçados, obedientes,
Pisados por gosto,
Só as pedras e o chão
Até mais não, até mais não
Até não lembrar mais,
No futuro, que mar oeste,
Era esse e essa gente,
Que não lembra o futuro,
Nem me orienta o coração,
Pra seguir em frente,
Joel-Matos (11/2014)
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Mal me lembro dessa gente,
Mal me lembro dessa gente,
Tosca e humilhada, sem nome,
Fardada de mar e fome,
Que fomos e seremos, sois…