Não reconheço minha afeição no espelho.
Teus olhos abrem auras
Que desnudão dias escuros
E ornão-me aos celestes muros
Que sobrepujão esse amor
Nesse iluzo coração
Vai-te encontro a razão
Que teu corpo fez sedução
No tacto de nossa união
Pois, aqui é onde dorme esse amor
Erro vai ser inimigo
Se usufruir mal regalo
Com mãos insensiveis
Ao amor de uma mulher
Sentindo falta de carinho
E assim se conquista esse amor
Choras o homem teu próprio medo de amar
Nesse sentido que o mundo apenas sente-se só
Reconheço-lhe amor de identidade, seu rosto vejo
E radioso torna-se cada espelho em que somos refletidos.
Ser humano único animal que reconhece sua afeição no espelho
E o único que tem medo de afeiçoar-se aos espelhos do amor.
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Tuesday, December 22, 2009 - 21:18
Poesia :
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Comments
Re: Não reconheço minha afeição no espelho.
Fugaz,
Aprendes-te a expressar as palavras de forma a encantar que te lê.
Lindo poetar, o homem é o único a ter mil faces e temer a cada uma delas.
Abç
Re: Não reconheço minha afeição no espelho.
Caro amigo,
O espelho do amor é um perigo, pois reflete nosso próprio rosto. E isto pode significar que amamos a nós mesmos projetando este autoamor no outro, ou seja, no objeto do desejo.
Nosso ego é um problema sério no que tange a estas questões.
Ótimo poema! Gostei para caramba!
Um abraço,
REF
Re: Não reconheço minha afeição no espelho.
LINDO POEMA, GOSTEI!
Ser humano único animal que reconhece sua afeição no espelho
E o único que tem medo de afeiçoar-se aos espelhos do amor.
Meus parabéns,
MarneDulinski