Poesias Inéditas - Do seu longínquo reino cor-de-rosa

Do seu longínquo reino cor-de-rosa

Do seu longínquo reino cor-de-rosa,
Voando pela noite silenciosa,
A fada das crianças vem, luzindo.
Papoulas a coroam, e , cobrindo
Seu corpo todo, a tornam misteriosa.

À criança que dorme chega leve,
E, pondo-lhe na fronte a mão de neve,
Os seus cabelos de ouro acaricia -
E sonhos lindos, como ninguém teve,
A sentir a criança principia.

E todos os brinquedos se transformam
Em coisas vivas, e um cortejo formam:
Cavalos e soldados e bonecas,
Ursos e pretos, que vêm, vão e tornam,
E palhaços que tocam em rabecas...

E há figuras pequenas e engraçadas
Que brincam e dão saltos e passadas...
Mas vem o dia, e, leve e graciosa,
Pé ante pé, volta a melhor das fadas
Ao seu longínquo reino cor-de-rosa.

Fonte: http://www.secrel.com.br/jpoesia/fpesso.html

Submited by

Friday, September 25, 2009 - 14:56

Poesia Consagrada :

No votes yet

FernandoPessoa

FernandoPessoa's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 14 years 18 weeks ago
Joined: 12/29/2008
Posts:
Points: 745

Add comment

Login to post comments

other contents of FernandoPessoa

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Às vezes entre a tormenta 0 887 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Atravessa esta paisagem o meu sonho 0 1.067 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Autopsicografia 0 963 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - (?) Azul ou verde ou roxo 0 879 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Baladas de uma outra terra 0 1.066 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Bate a luz no cimo... 0 847 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Brilha uma Voz na Noute ... 0 982 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Canção 0 787 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Vendaval 0 654 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Vou com um passo como de ir parar 0 858 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Abat-Jour 0 1.302 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Abdicação 0 717 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Abismo 0 784 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - A Grande Esfinge do Egito 0 760 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - A minha vida é um barco abandonado 0 710 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - A morte chega cedo 0 1.254 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Andei léguas de sombra 0 601 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - A alcova 0 946 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Ao longe, ao luar 0 890 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Quanta mais alma ande no amplo informe 0 1.628 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Que suave é o ar! Como parece 0 745 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Relógio, morre 0 1.003 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Se alguém bater um dia à tua porta 0 726 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Se tudo o que há é mentira 0 961 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Sim, tudo é certo logo que o não seja 0 1.482 11/19/2010 - 15:55 Portuguese